BAIXA ESCOLARIDADE PREDIZ ESTADO DEPRESSIVO EM HOMENS IDOSOSIntrodução: A diminuição das capacidades funcionais e/ou cognitivas advindas do envelhecimento quando associadas à baixa escolaridade, podem acentuar-se gerando dependência, gerando sentimento de invalidez. Estudos apontam que quanto mais baixo o nível educacional dos idosos, mais sintomas depressivos eles apresentam com o decorrer da idade, os homens de baixa classe social são mais susceptíveis a depressão por enfrentarem mais adversidades e dificuldades em contorná-las no decorrer da vida. Objetivo: Determinar relação entre escolaridade e estado depressivo em idosos comunitários. Metodologia: Pesquisa transversal realizado na cidade de Campina Grande-PB com idosos escolhidos aleatoriamente baseados na estratégia de amostragem por domicílios, onde os conglômeros foram constituídos pelos distritos sanitários e unidades básicas de saúde. A depressão foi estimada pela Escala de Depressão Geriátrica (>10 pontos) e a escolaridade foi classificada em baixa escolaridade (até ensino fundamental) e alta escolaridade. Os dados foram analisados StatisticalPackaged for the Social Science(SPSS), versão 20.0, através do teste de Qui-quadrado de Pearson. Adotou-se um nível de significância de 5% como tentativa de minimizar erro do tipo I. Resultados: Participaram 168 idosos com idade média de 72,34 (±7,8) anos sendo 122 (72,6%) mulheres. Foram identificados72 (42,9%) de casos de depressão, sendo 15 (32,6%) em homens e 57 (67,4%). Não verificamos associação entre escolaridade e estado depressivo na amostra [x2(1)=0,13; p=0,79]. Por outro lado, ao se estratificar a amostra por sexo, verificamos que apenas os homens com baixa escolaridade possuem maior ocorrência de estado depressivo [13(86,7%) vs2(13,3%); x2(1)=4,32; p=0,03] em relação aos de alta escolaridade. Conclusão: Idosos do sexo masculino que possuem baixa escolaridade apresentaram maior ocorrência de estado depressivo.