O estágio supervisionado para o professor em formação torna-se o momento no qual o futuro docente irá vivenciar a sua primeira atuação dentro do ambiente escolar, tendo a oportunidade de construir um conhecimento mútuo na relação professor-aluno, assim como pode aprimorar e desenvolver o conhecimento adquirido ao longo da sua formação. Diante disso, notamos que o professor de Língua Portuguesa em formação precisa, desde o estágio, compreender a importância de trabalhar a linguagem em diversas situações de interação para que o aluno possa desenvolver as suas habilidades de leitura e escrita, por meio de uma linguagem que materializa a realidade do seu cotidiano. Com base nessas considerações, este artigo tem como objetivo apresentar o resultado da atuação vivenciada durante o estágio supervisionado do curso de Letras/Português do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – IFPB, polo Campina Grande, com os gêneros textuais em uma turma do 8º ano do ensino fundamental de uma escola Estadual, situada na cidade de Campina Grande/PB. Essa ação foi feita a partir de uma sequência didática baseada nas considerações de Schneuwly e Dolz (2004) para trabalharmos com os gêneros textuais: reportagem, crônica, conto, propaganda e a charge, em uma perspectiva na qual a língua seja vista não apenas como um veiculo de informação, mas também de interação entre os indivíduos de contextos sócio-históricos divergentes. Para isso, utilizamos como embasamento teórico, as considerações de Bakhtin (1992) acerca dos gêneros textuais como um texto discursivo que varia de acordo com a situação comunicativa, bem como, as de Marcuschi (2005) sobre o propósito comunicativo que está vinculado a cada gênero textual. Os resultados obtidos evidenciam que os nossos alunos apresentaram uma significativa compreensão sobre o caráter comunicativo e discursivo dos gêneros textuais estudados, percebendo a materialização da língua por meio dos gêneros.