O presente artigo traz um recorte da dissertação de mestrado “O trabalho com textos argumentativos e o SAEPE: da avaliação externa à reflexão sobre as práticas escolares”, na qual foram detectadas as dificuldades dos professores em trabalhar com essa tipologia na sala de aula, o que resultava em níveis baixos de proficiência na avaliação externa e nas aprendizagens. Na pesquisa, também se constatou que algumas práticas inadequadas eram reflexos da falta de conhecimento e/ou experiência no assunto e projetos de letramento, caracterizando assim, a necessidade da formação continuada para esses docentes. Dessa forma, é realizada uma incursão histórica da formação continuada de professores, desde a democratização do ensino, na década de 1970, com as primeiras experiências de formação e a desvalorização da carreira do magistério, até as políticas atuais do governo federal e, especificamente, do estado de Pernambuco, lócus macro da pesquisa. São citados eventos importantes para a educação do país como a Conferência Mundial de Educação para Todos e a criação do Plano Decenal de Educação. Discutem-se os tipos de formação existentes, as limitações do Estado e os aspectos que devem ser considerados na sua elaboração, execução e monitoramento. Trata-se, ainda, da necessidade de um acompanhamento dos professores para que as metodologias se adequem ao público-alvo e contemplem diversas aprendizagens. Por fim, faz-se uma reflexão sobre a importância dessas formações, que devem propiciar a aprendizagem do professor, considerando sua essência como um sujeito social, que possui suas particularidades, seus conhecimentos, suas vontades e que tem muito a contribuir com a formação dos alunos e, consequentemente, contribuir com uma sociedade mais democrática.