INTRODUÇÃO: A senescência traz consigo uma série de alterações que perpassam por todos os sistemas do corpo humano. É consolidado o fato de que a prática de atividade física realizada frequentemente e ao longo da vida é um fator determinante ao buscar-se um processo de envelhecimento saudável. OBJETIVO: O presente trabalho visa correlacionar o nível de atividade física à idade em idosos e como a prática de atividade física se comporta com o avanço da idade. MÉTODO: Trata-se de um estudo transversal de caráter analítico. Realizou-se entrevista domiciliar por meio de questionário em idosos residentes na zona urbana da cidade de Santa Cruz/RN. As perguntas foram relacionadas à idade, intensidade, duração e tipo de atividade física realizadas por meio do International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), em versão validada especificamente para a população idosa. RESULTADOS: Foram avaliados 100 indivíduos, dentre os quais 38 tinham entre 60-69 anos, 44 entre 70-79 e 18 acima de 79 anos. Obtiveram-se ainda os seguintes achados: entre 60-69 anos, 7 indivíduos (18,4%) apresentaram baixo índice de atividade física; 19 indivíduos (50%) índice moderado e 12 indivíduos (31,6%) índice alto de atividade física. Entre os indivíduos com 70-79 anos, 13 (29,6%) apresentaram baixo índice de atividade física, 19 indivíduos (43,2%) índice moderado e 12 indivíduos (27,3%) índice alto de atividade física. Acima de 79 anos, 11 indivíduos (61,1%) apresentaram índice baixo, 5 indivíduos (27,8%) índice moderado e 2 indivíduos (11,1%) índice alto de atividade física. A análise estatística, realizada por meio da correlação de Pearson (r) do IPAQ com relação à idade, mostrou correlação de -0,406 considerada moderada a alta, com valor de p<0,0001 considerado extremamente significativo, o que demonstra a relação inversa existente entre a prática de atividade física e o avançar da idade. Já o coeficiente de determinação (R2) obtido foi de 0,164836 o que mostra que mais de 16% de variação na atividade física é influenciada diretamente pela idade. CONCLUSÃO: Nas condições experimentais testadas, é possível demonstrar que há declínio da prática de atividade física relacionada ao aumento da idade em idosos.