INTRODUÇÃO: o envelhecimento populacional no Brasil é crescente e, apesar de ser um processo natural, ele reflete em especial nas denominadas doenças crônicas não transmissíveis, entre elas o câncer. A oncologia e o envelhecimento relacionam-se de forma direta, aumentando proporcionalmente à idade. A enfermagem reconhece a importância das diversas formas para se tratar o câncer, porém, é preciso se estender aos modos de cuidar. Os cuidados paliativos são intervenções destinadas aos pacientes que estão numa situação de terminalidade de vida. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), eles são definidos como o cuidado ativo e total nas doenças que não respondem ao tratamento curativo, amenizando os sintomas desagradáveis provocados pela progressão de uma doença ou pelo tratamento proposto, tendo o controle da dor como um dos principais cuidados. O adoecer pelo câncer é uma das experiências mais indesejada e sofrida, notada no cotidiano das pessoas que já vivenciaram ou estão vivenciando esse processo. Isso ocorre principalmente na presença de dificuldades de controle, na fase da terminalidade, sendo considerado o sintoma mais prevalente e incapacitante nessa população. OBJETIVO: o objetivo do presente estudo foi identificar as intervenções medicamentosas adotadas para o controle da dor oncológica em idosos sob cuidados paliativos. METODOLOGIA: para conduzir a investigação do estudo, foi formulada uma questão norteadora, “Quais as intervenções medicamentosas adotadas para o controle da dor em idosos sob cuidados paliativos oncológicos?”. Dessa forma, foi realizada uma revisão sistemática da literatura sobre o tema, nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Electronic Library Online (SciELO), cruzando entre si os seguintes descritores controlados: “cuidados paliativos”, “dor” e “idoso”. Os critérios para seleção dos artigos incluíram: estarem escritos na língua portuguesa; disponíveis em texto completo, publicados dos anos 2006 à 2012 e que abordem o tema de forma a responder a questão norteadora, porém realizamos ainda busca manual nas referências dos mesmos. Foram excluídos os demais que não correspondem aos critérios de inclusão, bem como estudos com população infantil, adolescente e adulta. RESULTADOS: Após a seleção realizada, do total de 27 artigos (SciELO: 11 artigos e LILACS: 16 artigos), apenas dois foram incluídos na análise, os demais (25 estudos) foram excluídos pois correspondem a dissertações, teses, editoriais, resumos e relatos de caso. Assim, esta revisão incluiu dados de dois artigos de investigação. Vale ressaltar que foram observados poucos trabalhos sobre a temática abordada, principalmente pelo tema ser relativamente recente no que concerne à produção científica. CONCLUSÃO: analgésicos como a Dipirona não são recomendados como medicação de única escolha pois mostraram pouco êxito no alívio da dor em pacientes com doenças terminais, necessitando ser associado à medicações mais fortes. Estudos realizados com canabinóides sintéticos são utilizados na prática médica em alguns países apresentando benefícios aos pacientes oncológicos sem possibilidades de cura, porém ainda se trata de uma droga ilícita, o que permite novas pesquisas, afim de obtermos futuramente a substância como opção de tratamento em cuidados paliativos.