Na última década, houve no Brasil um crescente interesse pelas pesquisas acadêmicas sobre o tema da surdez e os meios de comunicação da pessoa surda ou com deficiência auditiva. A Língua Brasileira de Sinais – Libras –, além do amparo legal no tocante à difusão e reconhecimento dessa modalidade de comunicação entre os surdos brasileiros, conta também com as diligências dos movimentos sociais de inclusão. Com a implantação das leis, a Libras ganhou notoriedade, e, dado seu caráter inclusivo, delineado como modo de reparação; as discussões oriundas dessa área ganharam discussões efervescentes nas pesquisas que versam sobre linguagem e ensino. Consequentemente, expressões como Literatura Infanto-Juvenil Surda e Biculturalidade passaram a fazer parte do léxico dos profissionais que atuam na área, incluindo nesse contexto, o aluno surdo, o intérprete, o instrutor e o professor de Libras. Nessa percepção, este trabalho pretende refletir sobre os atuais conceitos de literatura e cultura surdas, objetivando analisar as nuances que norteiam tais denominações. Buscando fundamentar este trabalho, nos basearemos nos estudos de Eagleton (2003), Bourdieu (2010), Morin (2007) e Quadros (1997). Baseado em pesquisa bibliográfica e documental, este trabalho tem como finalidade descrever conceitos da língua vísuo-espacial, buscando explicitar o uso de tais conceitos para identificá-los como circuitos abertos ou fechados no ensino da Libras.