Introdução: A qualidade de vida (QV) tem conceito amplo e complexo que envolve um vasto leque de variáveis, incluindo questões sociais e ambientais. É uma temática abstrata e subjetiva, com diferentes enfoques, sem uma definição concreta, despertando o interesse de pesquisadores da enfermagem e outras áreas. Objetivo: Caracterizar os domínios e dimensões de qualidade de vida mensurados pelo SF-36 dos idosos servidores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Metodologia: Estudo descritivo com abordagem quantitativa, realizado no Departamento de Assistência ao Servidor – DAS da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, no Município de Natal/RN. A amostra foi composta a partir da demanda espontânea do serviço de saúde do DAS e por acessibilidade. A coleta de dados ocorreu no período de março a maio de 2011, totalizando 89 idosos servidores da UFRN. Para realização da pesquisa utilizou-se dois instrumentos de coleta de dados. O primeiro instrumento foi um formulário estruturado de entrevista e o segundo, foi a aplicação do SF-36 (Medical Outcome Study 36-Item Short Form) para avaliação da qualidade de vida relacionado à saúde. O projeto obteve parecer favorável pela Comissão de Ética do Hospital Universitário Onofre Lopes – HUOL e Protocolo CEP/HUOL 488/2010 e CAAE nº 0046.0.294.000.10. Resultados: Os participantes deste estudo incluem 89 idosos, dos quais se enquadravam na faixa etária entre 60 e 85 anos, sendo a maioria do sexo masculino (53,9%), casado ou vivia em união estável (68,5%) e nível de escolaridade até o ensino fundamental (39,3%). Analisando as escalas de qualidade de vida, observamos que os domínios saúde mental (82,7), aspecto emocional (81,2), função social (79,9) e vitalidade (77,9) obtiveram pontuação superior à média do escore total (73,4). Os domínios mais comprometidos corresponderam aos domínios aspecto funcional (68,9), dor no corpo (66,3) e aspectos físicos (57,8). Por conseguinte, a dimensão saúde mental se apresentou com melhores escores do que a dimensão saúde física. Dessa forma, constatamos haver comprometimento de todos os domínios do SF-36, pois o valor máximo encontrado nos domínios foi 80,6, enquanto que o valor de referência máximo para a qualidade de vida deveria ser 100 pontos. Evidenciou-se que na maioria dos servidores, a saúde manteve-se “quase a mesma” (44,9%) comparada há um ano. Dos pesquisados, 19,1% apresentaram o estado de saúde “um pouco pior”, em contrapartida 15,7% relataram estar “um pouco melhor”, e 16,9%, “muito melhor”, apenas uma pequena porcentagem referiu estar “muito pior” (3,4%). Conclusão: A dimensão saúde mental se apresentou com melhores escores, e a dimensão saúde física com os piores. Quanto ao relato de saúde, os resultados apontam para uma distribuição mais concentrada no terceiro quesito, referente à resposta “quase a mesma” (44,9%), indicando a estabilidade do quadro clínico de saúde, quando comparado ao período de um ano. Mais uma evidência à qual podemos atribuir a boa qualidade de vida dos servidores.