INTRODUÇÃO: Em virtude do aumento da expectativa de vida dos idosos, evidencia-se a necessidade de uma atenção qualificada e especializada para com essa população. Por isso, muitas estratégias vêm sendo elaboradas e implementadas com o intuito de proteger o idoso e oferece-los o que é posto como direito nos diversos serviços e dispositivos legais, como o Estatuto do Idoso, Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, Conselhos estaduais e municipais, e Disque Denúncia. A violência contra o idoso não é um fenômeno recente. Ela permaneceu velada na sociedade durante décadas, mas somente nos últimos anos vem sendo discutida no campo científico e no de políticas públicas. A natureza da violência contra a pessoa idosa pode se manifestar de várias formas, aqui resumidas: abuso físico, psicológico, sexual, abandono, negligência, abusos financeiros e autonegligência. METODOLOGIA: Consta de uma revisão bibliográfica, contemplando as principais referências na área. A pesquisa foi realizada em quatro bases eletrônicas: Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Biblioteca Virtual da Saúde (BVS) e Google Acadêmico. Os artigos foram pesquisados considerando um período de nove anos, compreendido entre 2007 a 2016, tendo sido selecionadas 11 publicações. Para a busca dos artigos foram utilizados os descritores: idoso, saúde do idoso, maus-tratos ao idoso. Para subsidiar as discussões foram utilizados os manuais do Ministério da Saúde e outras literaturas relevantes. RESULTADOS: A rápida introdução dos idosos na sociedade despreparada fez com que ocorressem mudanças na convivência familiar. Consequentemente ao despreparo para recepção dessa nova faixa etária, revelou-se o fato de que a falta de experiência conduziria a agravos intensos a sua saúde. A grande atribulação é que a maioria dos agressores são membros da família ou pessoas de confiança e que têm relação íntima com o idoso; pessoas que deveriam cuidar do bem-estar da pessoa idosa. Isso faz com que as vítimas tenham mais dificuldade em denunciar seus agressores, fazendo com que a violência sofrida permaneça invisível e continuem vivenciando esse dilema.Para desconstruir essas possibilidades o cuidador deveria cumprir alguns requisitos básicos, como ser tolerante e compreensivo, pois na medida em que o processo de envelhecimento pode ocasionar várias mudanças físicas, como dificuldade de movimentar-se, mudanças psicológicas, oscilações de humor, este pode se tornar intolerante à mudanças e à aceitação de novas rotinas, o que pode tornar a convivência desagradável, tanto para os idosos que estão passando pelo momento crítico de mudança, como para o cuidador que não foi preparado para a situação. CONCLUSÃO: A violência contra os idosos é complexa devido aos aspectos que influenciam seu surgimento, como os culturais, sociais, históricos, familiares e demográficos. Uma melhor formação dos profissionais da área da saúde, por exemplo, facilitaria bastante à identificação de maus-tratos nas instituições de saúde, nos domicílios e nas ruas. É muito importante, então, que se tenha consciência da dificuldade dos idosos quando precisam tomar a atitude de denunciar os maus-tratos que sofrem.