Nas últimas décadas a população idosa tem crescido mundialmente. O Brasil segue esta tendência com aproximadamente 14,5 milhões de idosos que corresponde 9,1 % da população em geral. As transições demográficas e epidemiológicas constituem um fenômeno progressivo, cujas doenças crônicas é um fator de risco para o uso indiscriminado de medicamentos por este público. Objetivo: avaliar a utilização de medicamentos por idosos residentes na zona urbana do município de Cuité – PB. Metodologia: É um estudo transversal, exploratório-descritivo-observacional e de abordagem quantitativa. A amostra foi composta 100 idosos usuário da Estratégia de Saúde da Família do município de Cuité, cujos dados foram apresentados e analisados a luz da literatura. O trabalho foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC). Resultados: a maioria dos idosos apresenta idade entre 70-79 anos (42%), sexo feminino (71%), raça branca (56%), casado (36%) e renda familiar até um salário mínimo (82%). Quanto aos aspectos clínicos evidenciou-se que a população idosa possui em média 3 patologias. Os medicamentos mais consumidos remeteu-se a classe dos analgésicos e antiinflamatórios (22%). Apenas 35% dos participantes mencionaram ter recebido informações sobre os riscos da automedicação e cuidados gerais com os medicamentos. Conclusão: O uso desnecessário de medicamentos é uma prática comum na população em geral, contudo, o público idoso apresenta-se mais exposto a este tipo de prática. Neste sentido, torna-se necessário que os profissionais realizem educação em saúde para suprimir o consumo desnecessário entre a população idosa.