ESTRELA, Yoshyara Da Costa Anacleto et al.. Sintomas depressivos entre idosos. Anais I CNEH... Campina Grande: Realize Editora, 2016. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/24711>. Acesso em: 12/11/2024 22:00
O envelhecimento populacional vem apresentando um aumento progressivo nas últimas décadas. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2013, a expectativa de vida dos brasileiros subiu para 74,9 anos. A estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) é que o Brasil ocupe a sexta posição em números de idosos em 2025, chegando a 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais. O envelhecimento ocasiona diversas alterações morfofuncionais e psicocognitivas, sendo a depressão a doença de cunho psiquiátrico mais frequente entre idosos, interferindo também na sua saúde física. A ocorrência dessa doença pode contribuir para a perda de autonomia e o agravamento de quadros patológicos preexistentes; além de estar associada a fatores como elevação do risco de morbidade e mortalidade, fazendo com que o diagnóstico e o tratamento se tornem complexos. Diante disso, visando propor intervenções voltadas à saúde e à qualidade de vida do grupo, este trabalho teve como objetivo identificar a existência de sintomas depressivos entre idosos. Adotou-se a revisão integrativa de literatura. Após a escolha do tema foi formulada a questão norteadora: Quais os fatores associados a prevalência de sintomas depressivos em idosos? Em seguida, foram utilizados os descritores idosos e depressão para a pesquisa nas bases de dados e a amostra do estudo foi composta por 20 artigos. Verificou-se que a base de dados de maior destaque foi SCIELO, com aproximadamente 55% dos artigos selecionados. Em relação ao periódico, pôde-se observar uma variedade, mas a Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia liderou a estatística com 15%. A depressão consiste em um problema de saúde que acomete com maior frequência os idosos e, muitas vezes, os casos não são diagnosticados. O índice de depressão na população idosa varia entre 5% e 35%, destacando-se as diferentes formas e gravidade da doença. O principal sintoma depressivo observado entre os idosos foi “sentir-se com menos energia”. Esse sintoma geralmente está associado à fraqueza, cansaço e desânimo. Outros sinais de depressão que eles apresentam são o arrependimento em relação aos anos anteriores da vida e o de “sentir-se solitário no último mês”. Esse estudo permitiu conhecer alguns sintomas e fatores associados a depressão e que interferem na qualidade de vida dos idosos. Observou-se que muitas vezes os sintomas depressivos não são percebidos e por isso o diagnóstico da doença é difícil. A alta prevalência desses sintomas entre os indivíduos da terceira idade requer investimento em ações de promoção de saúde, incentivando práticas que contribuam para o envelhecimento ativo e diminuam a incapacidade funcional, como por exemplo, o exercício físico. Além disso, é importante o apoio dos familiares quando o idoso reside com eles, ou no caso de idosos que vivem em instituições, é importante o incentivo a atividades que os envolvam, promovendo interação social e convívio harmonioso entre eles, com o intuito de mantê-los com sentimentos positivos de felicidade e vontade de viver.