SOUZA, Joelly Holanda De et al.. Sexualidade em idosos: uma revisão integrativa. Anais I CNEH... Campina Grande: Realize Editora, 2016. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/24706>. Acesso em: 23/12/2024 07:41
A velhice é concebida, ainda por muitos, como sinônimo de incapacidade, seja de ordem física ou mental ou até mesmo sexual, tornando-os improdutivos no campo econômico e social. Mesmo na presença de perdas físicas, psicológicas e sociais decorrentes do processo de envelhecimento humano, é possível a vivência de uma velhice bem sucedida. Os efeitos potencializadores das vivências sexuais sobre a qualidade de vida da pessoa idosa são reconhecidos, sendo a sexualidade uma das atividades que mais contribuem positivamente nesse sentido (VIEIRA, MIRANDA, COUTINHO, 2012). Sendo assim, os idosos devem ser vistos como indivíduos que possuem desejo, necessidades sexuais e que fazem projetos para o futuro.Devido ao aumento da população idosa e da necessidade de cuidados que visualizem a promoção da sua qualidade de vida, são necessários estudos que considerem o idoso de forma holística incluindo a sua sexualidade. A investigação sobre os fatores que interferem na vivência da sexualidade dos idosos deve ser estimulada no campo científico e nos espaços sociais, tendo por atores do processo educativo os profissionais de saúde. Este trabalho teve como objetivo realizar uma revisão da literatura para identificar a produção científica relacionada à Sexualidade em idosos. Realizou-se uma revisão integrativa da literatura, a coleta de dados ocorreu durante o mês de setembro de 2016. Para esta, utilizou-se um instrumento contendo as variáveis: título, base de dados, autor/ano, periódico, idioma, objetivos e resultado dos estudos. verificou-se que a base de dados de maior destaque foi LILACS, com 100% dos artigos estudados. No que diz respeito ao periódico, pode-se observar que as Revistas Saúde Sociedade e Revista Temática Kairós Gerontologia lideraram a estatística representando 20% cada uma. No que concerne ao idioma, todos os artigos selecionados estão em português – 100%. No processo normal de envelhecimento ocorrem tanto as modificações no corpo masculino como no feminino. Embora com um menor impacto em relação aos homens, as mulheres também percebem as alterações sexuais advindas da idade. Com a menopausa e as consequentes modificações hormonais começam a aparecer os primeiros problemas sexuais. Embora muitos estudos mostrarem que o idoso tem sua sexualidade viva, a sociedade e eles próprios acabam negando-a, sendo isso um fator cultural. As pessoas acham "feio", negam-se a aceitar que o idoso namora, esquecendo de que a sexualidade não é só genitalidade mas também uma afetividade que é essencial ao ser humano (GRADIM; SOUSA; LOBO, 2007). É importante que o idoso tenha conhecimento e aceitação do processo natural de envelhecimento, para que consiga aceitar as modificações que ocorrem com o seu corpo, principalmente, as sexuais. A população também precisa modificar sua cultura de que idoso é assexuada; para isso é necessário compreender a sexualidade em todas as fases da vida de um ser humano, respeitando suas limitações. Nesse contexto, os profissionais de saúde podem ser um importante instrumento de informação e educação desta população. Porém, ainda há preconceitos em torno desse assunto, tanto por parte dos profissionais da saúde como pelos próprios idosos.