INTRODUCAO: O envelhecimento da população é um fenômeno mundial e o Brasil assiste a esse aumento do número de idosos que ocorreu de forma significativa a partir do século XX, quando a parcela de indivíduos com mais de 80 anos cresceu significativamente. Essa população merece interesse e atenção, uma vez que envelhecer não e sinônimo de doença e sim de um processo biológico inerente ao ser humano que ocorre de forma diferenciada dependendo do contexto em que a pessoa está inserida, sendo determinado por fatores biopsicossociais. As pessoas com deficiência intelectual que envelhecem formam hoje um grande contingente, por conta dos avanços da medicina e de cuidados familiares. Esses idosos apresentam um QI (Quociente de Inteligência) abaixo da media da população em geral e limitações sociais e funcionais, na área da linguagem, autocuidado, lazer, escola e trabalho. A deficiência intelectual pode ocorrer nos períodos pré, pós e peri natais, contribuindo para isto a influencia do ambiente, a violência e escassez de estímulos. A deficiência pode variar de leve a grave, causando desenvolvimento motor e neuropsicológico prejudicado, assim como outras doenças físicas e neurológicas associadas. OBJETIVO: O objetivo do estudo é conhecer como a intervenção fisioterapeutica pode diminuir os agravos decorrentes do processo de envelhecimento de pessoas com deficiência intelectual. MÉTODOS : Foi realizada uma revisão bibliográfica do tipo exploratória e descritiva acerca da produção cientifica relacionada ao envelhecimento de pessoas com deficiência intelectual revistas, livros, monografias, dissertações, teses e na base de dados Scielo. RESULTADOS/DISCUSSAO: Foram recrutados para o estudo 22 artigos completos, obedecendo aos critérios de publicação ente 2004 e 2016, abordando os temas envelhecimento, deficiência intelectual e idosos com deficiência intelectual, sendo excluídos trabalhos que tratavam de transtornos mentais. As incapacidades motoras acontecem de forma precoce nas pessoas com deficiência intelectual porque estas apresentam um envelhecimento antecipado, associado a medicamentos neurolépticos e anticonvulsivantes que acarretam diversos problemas como a osteoporose e alterações do movimento, como déficit de equilíbrio e coordenação, além da inaptidão em realizar tarefas simples do cotidiano e diminuição da forca muscular. Altos índices de demência também têm sido observado e maior risco em desenvolver a Doenca de Alzheimer, causando agravos na mobilidade. Esses problemas também ocorrem por estas apresentarem déficit cognitivo de planejamento e ação, acarretando falta de iniciativa, fazendo com que permaneçam mais tempo sentados ou deitados, atitudes que cursam para perda da autonomia, da funcionalidade e depressão.CONCLUSAO: A intervenção fisioterapêutica torna-se indispensável no processo de envelhecimento das pessoas com deficiência intelectual, uma vez que os mesmos, além das limitações socioeducativas, apresentam variados graus de incapacidades funcionais, que tendem a se manifestar com o avançar da idade. O fisioterapeuta geriátrico tem a sensibilidade e pode desenvolver técnicas oportunas para promover a saúde destas pessoas, através da manutenção da autonomia e por compreender o envelhecimento como um processo gradativo, progressivo e multifatorial, contribuindo ainda para o fortalecimento das relações sociais, a exemplo do que ocorre nas atividades desenvolvidas em grupo.
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