INTRODUÇÃO: O envelhecimento constitui, por si só, uma etapa que traz ao idoso uma série de mudanças que estão diretamente relacionadas com sua independência e capacidade de estar bem consigo mesmo. Incluindo as várias patologias que os acometem, sobretudo com uma incidência maior na terceira idade, a depressão - quadro que se manifesta de forma bastante inespecífica e pode trazer ao idoso alterações no humor e acometer diversos aspectos de sua vida a exemplo da perda de interesse pelas atividades as quais eles antes desenvolviam e hoje passam a não mais fazê-las. A doença requer então uma maior investigação assim como seus fatores determinantes sobretudo por sua dificuldade diagnóstica e avaliação. Em face do exposto, o uso da Escala de Depressão Geriátrica foi então fundamental para a abordagem da doença em questão e serviu de auxílio para a identificação dos idosos que realmente estavam passando por mudanças, principalmente psicológicas, auxiliando, portanto, o diagnóstico da depressão no grupo de idosos.
METODOLOGIA: Pesquisa de caráter descritivo e exploratório com abordagem quantitativa. O estudo foi realizado na clínica escola da Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba com 17 idosos que participam do projeto interdisciplinar de pesquisa intitulado: análise dos indicadores associados ao envelhecimento bem sucedido. O instrumento utilizado na coleta de dados foi a Escala de Depressão Geriátrica (EDG): composta por 15 perguntas afirmativas e negativas de fácil compreensão, na qual o resultado de cinco ou mais pontos diagnostica depressão, sendo que o escore igual ou maior que onze, caracteriza depressão grave. A análise foi realizada através da estatística simples descritiva por meio do cálculo da média e percentagem.
RESULTADOS: Na amostra de 17 idosos, houve predominância do sexo feminino, com 13 mulheres (76,4%) e 4 homens (23,6%), que encontram-se na faixa etária dos 51 aos 76 anos. 6 idosos foram classificados como depressivos, apresentando um total de 5 ou mais pontos na Escala de Depressão Geriátrica, perfazendo o total de 35,2%. Os demais, que correspondem a 64,8%, não foram considerados depressivos, tendo em vista que seu escore variou entre 2 e 5 pontos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A importância da abordagem interdisciplinar da depressão faz-se, portanto, fundamental para que esses idosos sejam bem acolhidos e que a sua integridade - física e psicológica - seja assegurada. O envelhecimento populacional assume números cada vez maiores e de-se garantir que este seja saudável e de qualidade, visando ao aumento da longevidade, sobretudo devido aos problemas que eles enfrentam diariamente.