Em 2005 o Governo Federal criou o Programa Nacional do Biodiesel para promoção do biodiesel no Brasil. Uma das premissas do programa foi inserção do Semiárido Nordestino na cadeia produtiva do biodiesel por meio do fornecimento da matéria-prima oleaginosa. O pequi (Caryocar brasiliense) é fruto típico do Cerrado brasileiro e ocorre também no Semiárido Nordestino, principalmente em regiões do Piauí e Cariri cearense. Seu percentual de óleo varia entre 20%. Sua polpa é muito requerida na culinária. O óleo pode ser utilizado na produção do biodiesel para a promoção da agricultura familiar. Com isso foi realizado uma série de reações enzimáticas usando o óleo da amêndoa do pequi, por meio de reação de interesterificação. A proposta do trabalho consistia em verificar a viabilidade deste óleo na produção do biodiesel. Também era esperado obter um subproduto de maior valor agregado, ao invés de glicerol. As reações foram processadas em erlenmeyers de 15 mL em mesa agitadora de 150 rpm. A mistura reacional apresentava 500 mg do óleo, 1,0 mL de acetato de etila e 50 mg de lipase. As reações foram processadas nos intervalos de 2 h, 4 h, 6 h, 8 h, 10 h e 12 h. Foram testadas duas enzimas, Candida antarctica Lipase A (imobilizada) e Candida rugosa Lipase (não imobilizada). O melhor rendimento para as reações enzimáticas foram de 20% para a CAL A, e 62% para a CRL.