Cianobactérias como as do gênero Spirulina spp. apresentam uma longa história de uso na alimentação humana, havendo relatos de que esta foi usada como alimento no México durante a civilização asteca cerca de 400 anos atrás. A Spirulina contém cerca de 60-70% proteína, é uma fonte rica de vitaminas, principalmente a vitamina B12 e provitamina A (β-caroteno), e minerais como o magnésio, zinco, cobre, cromo, manganês, sódio e em especial o ferro. Uma das poucas fontes de ácido γ-linolênico dietético e contém também uma série de outros fitoquímicos que têm benefícios potenciais para a saúde. Mediante a tais características da Spirulina, e as crescentes perspectivas por novas fórmulas terapêuticas, sejam elas empregadas com finalidade preventiva ou curativa, objetivou-se, com esta revisão levantar as principais aplicações da Spirulina spp. na medicina veterinária. A Spirulina spp. vem sendo usada na medicina veterinária no combate a desnutrição, ao diabetes, a hipercolesterolemia, o câncer, em melhorar a capacidade de combater vírus, e aumentar a resistência a doenças em cães e gatos, como também no tratamento da demodiciose canina generalizada juvenil. Dados da literatura permitem concluir que várias são as aplicabilidades da Spirulina na medicina veterinária. A Spirulina tem auxiliado também a área de produção animal com espécies pecuárias. Estudos comprovam os efeitos benéficos atribuídos à utilização da mesma em várias espécies animais, tais como cães, gatos, cordeiros e vacas. No entanto, observa-se a necessidade de desenvolvimento de novas pesquisas que apresentem uma maior compreensão acerca de como elas atuam ou interagem com os organismos animais bem como de novas aplicações para o uso da mesma.