O objetivo dessa revisão foi explorar a importância da atividade apícola no semiárido nordestino, enfatizando a importância econômica, ambiental e nutricional do mel orgânico. A atividade apícola pode ser uma alternativa rentável para um grande contingente de produtores mais pobres, adaptando-se relativamente bem aos diversos biomas do País, inclusive ao semiárido nordestino onde existem muitas restrições para a agricultura. O semiárido é uma região promissora para desenvolvimento de grandes projetos apícolas, atividade esta que contribui para a manutenção e preservação do meio ambiente. Atualmente, os consumidores estão cada vez mais exigentes em busca de produtos isentos de qualquer tipo de contaminação, mas mantendo suas características nutricionais e biológicas. A produção de mel orgânico é um sistema que incentiva o uso de boas práticas agrícolas para manter o equilíbrio do ecossistema agrícola e diversidade, promovendo o uso sustentável dos recursos naturais, qualidade ambiental, bem-estar animal e a saúde humana. No Brasil, a produção e comercialização do mel são regulamentadas pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) que proíbe a adição de qualquer tipo de produto ou substância. A composição do mel depende não somente das fontes vegetais, mas também de diferentes fatores, como o solo, a espécie da abelha, o estado fisiológi¬co da colônia, o estado de maturação do mel, as condições meteorológicas quando da colheita, entre outros. O mercado consumidor desse produto tem crescido ultimamente, devido às riquezas naturais do país, como florada silvestre, diversidade climática, abundância da água, rusticidade e eficiência das abelhas africanizadas.