Artigo Anais I CONIDIS

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-186X

INFLUÊNCIA DA MARCHA DE CARBONIZAÇÃO NA QUALIDADE DO CARVÃO VEGETAL DE JUREMA – PRETA (MIMOSA TENUIFLORA (WILLD.) POIR.)

Palavra-chaves: JUREMA-PRETA, CARVÃO, ANÁLISE QUÍMICA Pôster (PO) GT 06 - Tecnologias e inovações sociais no Semiárido
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Publicado em 09 de novembro de 2016

Resumo

A vegetação da caatinga é importante como fonte de energia, mas ainda é carente sobre informações quanto ao aspecto tecnológico, principalmente para pequenos produtores. Das espécies da caatinga, a jurema-preta, assim como o pereiro (Aspidosperma pyrifolium), o marmeleiro (Croton sonderianus) e a catingueira (Caesalpinia pyramidalis), é uma das que se destacam como produtoras de carvão, principalmente por obter um poder calorífico elevado. Com isso, o objetivo do trabalho foi produzir carvão vegetal de Jurema-preta, verificando a influência do tempo de carbonização na qualidade química do material produzido. Foram coletadas toras de madeira de Jurema-preta provenientes da área experimental da (UAECIA) da UFRN, em Macaíba, no Estado do Rio Grande do Norte. Cerca de 500g de discos de madeira foram carbonizados em mufla de laboratório. O processo de aquecimento do material foi estabelecido previamente, com 3 marchas de carbonização, com 5 repetições em cada marcha. A taxa de aquecimento (dada através da relação entre a temperatura final e tempo de carbonização) foi de 1,87ºC.min-1 (4 horas); 1,5ºC.min-1 (5 horas) e 1,53ºC.min-1 (6 horas). Os procedimentos utilizados para a análise química imediata foram baseadas nas normas ASTM D-1762-64 “Chemical Analysis of Wood Charcoal”, ABNT NBR 8112-83 “Carvão Vegetal – Análise Imediata”, no qual foram obtidos os teores de umidade, materiais voláteis, carbono fixo e cinzas. As análises estatísticas foram realizadas utilizando o programa BioEstat versão 5.3 sendo realizado o teste de normalidade, Shapiro Wilk, e, em seguida, as médias foram comparadas pelo o teste de Tukey ao nível de 5% de significância. Houve diferença estatística significativa para teor de materiais voláteis e carbono fixo para os três tempos de carbonização. No entanto, para o teor de cinzas, não foram encontradas diferenças estatísticas. De acordo com resultados obtidos, o carvão produzido a partir da carbonização de Jurema-preta possui potencial de utilização para fins energéticos devido suas boas características químicas, como menores teores de materiais voláteis e cinzas e maior teor de carbono fixo. O carvão obtido da carbonização de 6h pode ser classificado como o mais indicado para uso, obtendo o menor teor de cinzas e o maior teor de carbono fixo, que são as principais características observadas para classificar quimicamente o carvão.

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