No Brasil, é pelos portos que se escoam mais de 90% do volume de cargas do nosso comércio exterior e mais de 75% do valor correspondente a esse comércio (Paiva et al, 2011). Apesar dessa importância econômica, a atividade portuária gera riscos que necessitam ser admitidos, internalizados e minimizados incluem-se: saúde e integridade dos trabalhadores, as instalações, a saúde e segurança públicas e, principalmente, ao meio ambiente (Paiva et al, 2011). Assim, a contaminação aquosa a partir de transporte desta carga deve ser considerada.
Atualmente o Conselho Nacional de meio-ambiente regula as contaminações realizadas em corpos d’água, a partir da NORMA 357/2005. Visando detectar manchas de óleo por geoprocessamento atender à legislação vigente e contribuir de forma ambiental e para a saúde da sociedade fauna e flora, foram realizados estudos geológicos e análises químicas pelo Grupo de Pesquisa Mineral – IFRN CNAT no estuário do Rio Potengi, em Natal, RN. Vários estudos no momento estão destacando a sustentabilidade, melhores condições de trabalho industriais considerando menor impacto ao meio-ambiente e minimizar a extinção de muitas espécies. Assim, como os portos supracitados, o porto de Natal/RN, situado à margem direita do estuário do Rio Potengi, a qual concentra importantes operações comerciais (dentre eles, o transporte de petróleo) e um alto tráfego diário de embarcações, também já sofreu com vazamento de óleo. No ano de 2012, a capitania dos portos detectou uma mancha de óleo nas proximidades do cais do Porto de Natal, que rapidamente foi até ao local utilizar métodos de contenção do deslocamento dessa pluma de contaminação (Almeida, 2012). Esse sistema de posicional é o maior e mais importante sistema estuarino do Estado do Rio Grande do Norte (Cunha, 1982). Entretanto, constata-se no seu entorno inúmeras atividades antrópicas de ordem bastante diversificada e de forma desordenada. Consequentemente, devido à alta vulnerabilidade ambiental desse ecossistema, essas ações vêm contribuindo para a sua degradação (Cunha, 1982; Frazão, 2003).
A partir dos resultados obtidos, observou-se que há eficiência no processo de geoprocessamento para detecção de manchas e contaminação por óleo no Rio Potengi, o que não é favorável, dada a região de proximidade com praias de bastante frequência humana e também por consistir em dano à fauna e à flora local. Ambientalmente, a partir das referências consistidas no CONAMA 357, os resultados indicam que há necessidade de uma fiscalização ambiental na área, sendo as origens poluentes ocasionadas por embarcações ou esgotos.