Há muito tempo, os recursos naturais da caatinga vêm sendo explorados e utilizados nas mais diversas formas. Qualquer que seja o ecossistema, por constituir um sistema natural, possui a capacidade de restabelecer-se caso tenha passado por perturbações causadas por fenômenos externos. No entanto, nem toda interferência tem efeitos perceptíveis imediatamente, acumulando-se ao longo do tempo, em casos de impactos ambientais negativos, pode ter implicações inimagináveis e a depender do grau, irreversíveis. Dessa forma são usados bioindicadores que constituem conjuntos de espécies ou comunidade cuja presença são indicativos biológicos de determinada condição que o ambiente esteja passando, seja por fatores antrópicos e/ou naturais que cause impacto. O objetivo do trabalho é analisar três espécies vegetais da caatinga quanto seu potencial bioindicador, usando parâmetros estabelecidos na literatura. As três espécies vegetais usadas foram Croton sonderianus Müll. Arg., Poincianella bracteosa (Tul.) L. P. Queiroz, Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir. Embora a análise dos parâmetros seja empírica, está pautada em literaturas clássicas e atualizadas, além de ser uma ferramenta vantajosa, quando se compara os recursos disponibilizados. A espécie Mimosa tenuiflora popularmente conhecida como jurema-preta destacando-se entre as espécies a de maior potencial bioindicador. É importante ressaltar ainda que a jurema preta não é uma espécie bioindicadora especifica, já que possui uma grande faixa de ótimo processual. Contudo é comumente encontrada em áreas degradadas, indicando que o local sofreu algum tipo de alteração antrópica.