A criação de ruminantes praticada no Nordeste brasileiro é extremamente dependente da pastagem nativa que tem sua capacidade de suporte reduzida em decorrência do manejo inadequado e condições climáticas desfavoráveis, que atualmente, vem reduzindo o desempenho animal. Para aumentar a eficiência de utilização de forrageiras utilizadas para alimentação animal, é necessária a aplicação de técnicas de adubação e manejo alicerçadas pelo conhecimento do comportamento da planta ao pastejo, sendo também essencial a utilização de forrageiras adaptadas e de bom valor nutritivo, produtividade e aceitação animal. A adubação orgânica surge como uma opção mais limpa para tal finalidade. O trabalho de revisão objetivou descrever sobre os principais aspectos relacionados a adubação nitrogenada orgânica, bem como suas doses e efeitos em plantas forrageiras utilizadas no Semiárido Nordestino. Foi realizado uma revisão de literatura de natureza descritiva realizada através do referencial da pesquisa bibliográfica. Observou-se que o suprimento de nutrientes constitui-se em importante fator na nutrição de plantas, e dentre os essenciais, o nitrogênio (N) contribui como sendo constituinte das proteínas, interferir diretamente no processo fotossintético, e compõe também os ácidos nucléicos que são importantes para a construção dos tecidos vegetais. É absorvido pelas raízes na forma de nitrato ou amônio, sendo, o N é o nutriente que mais limita o crescimento do pasto, e a sua deficiência tem sido apontada como uma das principais causas da degradação das pastagens. A eficiência da adubação nitrogenada depende não somente das doses, mas também das fontes nitrogenadas utilizadas, sendo fundamental associar fontes e doses de N com práticas de manejo de solo e culturais. O uso de adubos orgânicos nos solos é fundamental na melhoria das características químicas, físicas e biologicas. Sua atuação se dá tanto na melhoria das condições físicas, como na aeração, na maior retenção e armazenamento de água, quanto nas propriedades químicas e físico-químicas, no fornecimento de nutrientes às plantas e na maior capacidade de troca catiônica do solo. Os solos das regiões semiáridas são deficientes em alguns nutrientes, bem como matéria orgânica, e por consequência, a produtividade sem adubação é muito limitada. A utilização de esterco é uma opção viável de suprimento de nutrientes para o solo, principalmente de N, além de disponibilizar grande quantidade de matéria orgânica, em especial nas áreas de agricultura familiar. As respostas à fertilização com esterco são variáveis, o que normalmente é relacionado à variabilidade intrínseca a qualquer fonte nitrogenada que dependa de mineralização do N. Conclui-se que a adubação da pastagem é uma estratégia de manejo que pode ser empregada em distintas situações para poder alcançar variados objetivos no sistema de produção animal em pastagens, despontando como perspectivas para minimizar a dependência pelos adubos inorgânicos.