O envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo no qual há várias modificações que delimitam a perda da capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente provocando maior vulnerabilidade. Esta fase da vida aponta para alguns fatores de risco, como hereditariedade, maior tendência ao sedentarismo e inadequados hábitos alimentares, algumas mudanças sociais comportamentais, surgindo assim doenças crônicas como o diabetes mellitus. Desta forma, tivemos como objetivo identificar a adesão terapêutica do idoso no tratamento de sua patologia. Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, com abordagem quantitativa, realizado em uma Unidade Básica de Saúde da Família, na cidade de Santa Rita - PB. A população foi constituída por todos os idosos diabéticos que frequentam a Unidade Saúde da Família, porém a amostra constou de 30 (trinta) deles. O instrumento para a coleta de dados foi um formulário contendo questões objetivas. A coleta de dados foi realizada nos meses de abril e maio de 2012, após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da FACENE/FAMENE, sob protocolo 20/2012. Os dados foram analisados num enfoque quantitativo, apresentados sob a forma de gráficos e tabelas a partir do programa Excel.Dos 30 (trinta) idosos diabéticos entrevistados, 44% (13) encontravam-se na faixa etária entre os 60 e 65 anos de idade, 30% (9) tinham entre 66 e 70 anos, 13% (4) 71 e 75 anos e 13% (4) referiram idade superior aos 75 anos. A maioria, 66% (20) era do gênero feminino e 34% (10) masculino; 66% (20) responderam serem casados, 17% (5), desquitados e 17% (5) viúvos. Em relação à escolaridade observou-se que 3% (1) dos idosos tinha ensino superior, 17% (5) concluíram ensino médio, 60% (18) o ensino fundamental e 20% (6) dos idosos eram não alfabetizados. Quanto à renda familiar 54% (16) recebiam mais de um salário mínimo, 43% (13) até um salário e 3% (1) inferior a um salário mínimo. Notou-se que 50% (15) descobriram a doença através de exames de rotina, 33% (10) afirmaram ter descoberto por acaso e 17% (5) procurou atendimento por não está bem de saúde. Os dados revelam que 96% (28) dos idosos fazem acompanhamento na USF, enquanto 4% (2) não frequentam a unidade. No que se refere ao uso de medicações todos os idosos fazem uso, sendo 73% (22) tomam medicação oral, 17% (5) fazem uso oral e insulina e 10% (3) só insulina. Dos 30 (trinta) entrevistados apenas 13 (27%) faziam uso da insulina. Acerca das orientações recebidas quanto à aplicação da insulina 24% (8) são orientados, porém 3% (5) não foram. Com relação às orientações prestadas pelo enfermeiro 34% (12) são orientados ao uso da seringa, 34% (12) em relação aos locais de aplicação e 32% (6) são orientados acerca da dosagem da medicação. Observou-se que os idosos sendo bem assistidos tornam-se mais capazes de aderir e compreender o sentido do tratamento, melhorando assim a qualidade de vida dos mesmos.