O presente artigo tem como analisar a partir do conto “Negrinha”, de Monteiro Lobato, a questão da construção da identidade negra em nossa sociedade, tendo em vista que pertencer a um meio social requer a autoafirmação e o reconhecimento do ser enquanto sujeito de sua história. Nesse sentido, pensar a identidade negra é, antes de mais nada, pensar a trajetória de um povo e de uma cultura que ainda está em processo de afirmação e de busca pela a igualdade nos mais diferentes espaços da sociedade. Teceremos assim, uma reflexão sobre a infância e os preconceitos sofridos pela personagem Negrinha ao longo do conto. Utilizaremos como referência Fonseca (2006), Proença Filho (2004), Bignotto (2006) e Camara Cascudo (1985).