A escola tem na atualidade um papel fundamental no que tange à apreensão e disseminação das informações. Destarte é imprescindível que tais informações cheguem com segurança e de forma verídica para não contribuir com a propagação de mitos e inverdades que se tem sobre algum assunto. Em pleno século XXI ainda podemos presenciar em sala de aula atitudes preconceituosas para com alunos afrodescendentes, os quais por muitas vezes se excluem do convívio social por não conhecerem e não valorizarem sua cultura, que é tão rica e bela. Uma grande falha no processo de ensino aprendizagem é não abordar a cultura negra, ou abordá-la de forma inferior e/ou superficial. O presente projeto objetivou trabalhar a negritude desconhecida, ocultada e inferiorizada, trazendo aos discentes, informações que lhes são tiradas durante seu trajeto estudantil, promovendo, portanto, a inclusão étnico-racial. Trata-se, portanto, de uma pesquisa de cunho qualitativo, tendo como público alvo, discentes EEEF Isabel Maria das Neves, pertencentes às turmas do fundamental II, do 6º ao 9º ano, as quais variam de 25 a 30 alunos por sala. As atividades ficaram divididas em: pré-teste, com perguntas objetivas; intervenções expositivas e dialógicas; pós-teste com perguntas objetivas. Na análise dos pré-testes, identificou-se que dos 105 questionários respondidos, apenas 65% por cento dos alunos afirmaram que não tinham conhecimento acerca da cultura africana no Brasil, entretanto, através da observação participante, percebeu-se que esse resultado não condiz com a realidade, visto que, muitos alunos usavam roupas, adereços, e outras características advindas da cultura afrodescendente, mas não se davam conta disso. O relato de um aluno que afirmou que a única temática que trabalhava os negros referia-se a escravatura, sem dúvida é preocupante, pois, faz-se necessário abordar todo o processo da luta dos negros e suas riquezas culturais para que seja possível promover a inclusão étnico-social na comunidade escolar. Conclui-se que é necessário que a escola envolva-se mais na abordagem de temáticas que estimulem discussões sobre inclusão/exclusão racial e social. Através do conhecimento é possível quebrar preconceitos e estabelecer o respeito mútuo entre as diversas etnias, e para isso, o professor assume uma valorosa postura de intermediador do conhecimento e promotor da inclusão social.