SENA, Bernardo Lima De. Direitos humanos: produzindo vida na escola. Anais II CINTEDI... Campina Grande: Realize Editora, 2016. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/22827>. Acesso em: 22/12/2024 18:34
O presente trabalho faz parte de um estudo-intervenção junto a um grupo de alunos de educação de jovens e adultos de uma escola pública do município de Lagoa d’Anta/RN, no que se refere à questão dos Direitos Humanos, tendo início a partir da nossa inserção no Centro de Referência da Assistência Social-CRAS deste município durante o estágio profissionalizante, do curso de psicologia da Universidade Potiguar. O CRAS é um equipamento público que atua na assistência social básica, se encontrando, de forma obrigatória, em regiões onde há situações de vulnerabilidades, sendo este aparelho a porta de entrada de oferta de serviços às famílias, grupos e indivíduos, operando bem como alvitre na prevenção de ímpetos ligados a questões individuais, familiares e comunitárias. Neste momento, consideramos que como pequeno município de um estado (Rio Grande do Norte) da região nordeste do Brasil, Lagoa d’Anta representa, como a maioria dos municípios brasileiros, um exemplo de participação indireta e subordinada ao processo de globalização em que o Brasil se insere, ainda que em situação periférica. Partimos da noção de subjetividade como socius e do reconhecimento de toda subjetividade como subjetividade de grupo, sendo o mesmo compreendido como um dispositivo para refletir analogias de saber-poder, artifícios instituídos e instituintes nas paisagens as quais as cartografias grupais são formadas, se forma e a formamos enquanto paisagens psicossociais. Na realização dos encontros através de oficinas, procuramos possibilitar uma mudança de uma visão reducionista de impotência. Nosso intuito maior era focar na potencialização das ações individuais e principalmente coletivas daqueles sujeitos, onde pudemos então concluir que existem diferentes formas de a população encarar questões que envolvem a negação de direitos, alguns apenas conformando-se com o descaso e outros tentando lutar para melhoria da realidade onde vivem. Neste contexto, o grupo é pensado como instrumento de intervenção, ou seja, como uma possibilidade de mudança, de inovação e de símbolo de afirmação de que é possível transformar a partir da construção de um grupo, de um devir inclusão..