Introdução: O Brasil destaca-se por apresentar umas das maiores taxas de crescimento da população idosa dos últimos anos. O envelhecimento, como fenômeno mundial, proporciona uma maior longevidade, acompanhada por transformações fisiológicas e morbidades crônicas não transmissíveis, com destaque para as cardiovasculares, uma das principais causas de morbimortalidade na população geral e no idoso. Objetivo: Identificar a demanda do ambulatório de cardiologia de uma unidade especializada na atenção geronto-geriátrica, por gênero, faixa etária e queixa principal (QP). Metodologia: Estudo descritivo, quantitativo, de corte transversal a partir de dados secundários registrados em prontuário multiprofissional do atendimento de 50 idosos com faixa etária entre 62 a 98 anos, no período fevereiro a maio de 2013, levantados pós-atendimento de retorno ao ambulatório de cardiologia do Núcleo de Atenção ao Idoso – NAI/PROIDOSO/PROEXT/UFPE. O agendamento deste ambulatório é preferencialmente feito por demanda interna, referenciado pela Equipe do próprio serviço para diagnóstico cardíaco e acompanhamento especializado. Resultados: Do total, 14% eram do sexo masculino e 86% feminino, com faixa etária distribuída em: 60% de 60 a 69, 34% de 70 a 79 e 4% com 80 e mais anos. O principal motivo da procura ao ambulatório (QP) estava associado a sinais e sintomas de: 82% hipertensão, 16% diabetes, 42% dislipidemia, 8% cardiopatias, 8% acidente vascular cerebral, 8% osteoarticulares e reumatológicas. Quanto a comorbidade, 76% apresentaram mais de uma patologia, sendo 36% de hipertensos e dislipidêmicos,16% hipertensos e diabéticos e 8% hipertensos, diabéticos e dislipidêmicos. Conclusão: O principal motivo da procura ao ambulatório (QP) estava relacionado à busca por diagnóstico e tratamento cardiológico dos sinais e sintomas de morbidades cardiovasculares. A hipertensão, diabetes e as dislipidemias apareceram neste grupo com maior prevalência, corroborando com os dados da literatura, apontando para a necessidade de maior atenção com esta clientela no controle e tratamento dos fatores de risco, evitando intercorrências cardiovasculares e mortalidade precoce. Neste sentido, o retorno do diagnóstico cardíaco à Equipe possibilita traçar um plano de ação que favoreça a manutenção do estado de saúde do idoso assistido, sendo a cardiologia uma das especialidades imprescindível em unidades geronto-geriátricas.