Este artigo partiu do desejo de apresentar a experiência de implantação do Fórum Permanente UFRJ Acessível e Inclusiva, tendo em vista o ainda incipiente número de iniciativas deste porte no Ensino Superior brasileiro. Na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o movimento de luta pela instituição de medidas relativas à acessibilidade e inclusão foi iniciado em 2006/7, e em 2016 recebeu sua primeira iniciativa que o instituiu oficialmente. Neste artigo, pretendemos contar como se deu esta trajetória e analisar alguns de seus desafios até a fundação do Fórum, na tentativa de compartilhar a experiência da maior universidade federal do país e de identificar maneiras de superação das referidas dificuldades. Na UFRJ, a presença de alunos, servidores técnico-administrativos e docentes com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e/ou altas habilidades/superdotação nunca foi estimada com precisão. Isto fazia com que as poucas ações estruturadas para o atendimento desta população fossem feitas de forma emergencial, e mesmo ‘artesanal’, pontualmente vinculadas à iniciativa de uma unidade, departamento ou individual, sem haver uma política institucional que desse conta desta problemática. Preocupados com esta questão, e incentivados pelas políticas públicas de inclusão do Ministério da Educação que, por meio das suas secretarias de Educação Superior (SESu), de Educação Especial (SEEsp), e de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI), em 2005, lançou o primeiro Edital do Programa Incluir (Acessibilidade à Educação Superior, visando garantir o pleno acesso de pessoas com deficiências às Instituições Federais de Ensino Superior), um grupo de servidores técnico-administrativos e docentes, e alunos vinculados a diversas unidades e laboratórios de pesquisa da UFRJ decidiu elaborar um projeto para concorrer ao referido edital. Estas ações constituíram-se nos passos iniciais que, mais tarde, em 2015, originariam o Fórum aqui apresentado.