O ensino de história, na atual conjuntura sociopolítica, vem assimilando novas formas, conteúdos e abordagens mediante as demandas sociais e institucionais que passaram a vislumbrar diferentes buscas acerca da formação intelectual-cidadã dos sujeitos interlocutores do discurso historiográfico. Diante destas transformações teórico-institucionais, do saber histórico, os discentes passaram a assumir uma nova caracterização na ação pedagógica deste saber, pois, no ensino tradicional de estes eram tábuas rasas à serem preenchidas pelo professor detentor do saber, todavia, os espaços que permeiam o aluno, também passaram a ser percebidos paras as condições de aprendizado, que deveriam ser explorados pelo disseminador do saber histórico na sala de aula. Desta forma, tomando por base esta nova proposta acerca do ensino de história, este artigo, formula-se através dos resultados de uma pesquisa de iniciação científica, denominada os saberes da história e os saberes da tradição: um hiato pulsante na formatação do ensino de história que se trata de um estudo de caso com estudantes do 3° ano do ensino médio, da Escola Francisca Martiniano da Rocha – Lagoa Seca (PB) residentes na comunidade do Alvinho (Zona Rural do mesmo município). Dito isto, partindo de uma revisão bibliográfica de autores que trabalham a temática Ensino de história, espaços de construção do saber e prática docente, juntamente, com as entrevistas coletadas na mencionada pesquisa, problematizaremos como interagem os saberes da historiografia e os saberes do espaço de pertencimento dos respectivos discentes, na instituição trabalhada.