Introdução: O idoso quando dependente necessita de ajuda na maior parte do tempo, condição essa que poderá acarretar em institucionalização, mudanças e adaptação a um novo ambiente. O envelhecimento da população e o aumento da sobrevivência de pessoas com redução da capacidade física cognitiva e mental repercute em que asilos deixem de fazer parte apenas da rede de assistência social e integrem a de assistência à saúde, ou seja, ofereçam algo mais. Objetivo: averiguar a associação entre a fragilidade em idosos e a variável clínica capacidade funcional. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de campo, realizada através do método quantitativo-descritivo em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos em João Pessoa – PB. A população abordada no estudo compreendeu a 22 idosos. foi utilizado como instrumentos: questionário sociodemográfico, a Edmonton Frail Scale (EFS), o Índex de Katz e a escala de Lawton, coletados em fevereiro e março de 2012, utilizou-se a técnica de entrevista. Os dados foram transcritos no programa EXCEL, posteriormente importados para o aplicativo SPSS (Statistical Package for the Social Science) for Windows, versão 15.0 para análise. Esta pesquisa atendeu aos aspectos éticos relacionados à pesquisa envolvendo seres humanos dispostos na Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados: prevaleceu à população feminina com 17 (77,3%), média de idade 80,64 e DP de 6,97, maioria (45,5%) é composta por viúvos. Quanto à escolaridade, 11 (50,0%) dos idosos possuem ensino fundamental. No índice de Katz, a maioria, 16 (72,7%) é independente em relação ao desempenho de atividades de vida diária. por meio da Escala de Lawton, verificou-se que 9 (40,9%) idosos eram dependentes para a realização das atividades mencionadas, 9 (40,9%) idosos referiram que precisam de ajuda para o desempenho dessas atividades, e apenas 4 (18,2%) eram independentes. Em relação a fragilidade, verificou-se que, 3 (13,6%) não apresentavam fragilidade, e 19 apresentavam diferentes níveis de fragilidade: 5 (22,7%) eram aparentemente vulneráveis, 6 (27,3%) tinham fragilidade leve, 5 (22,7%) encontravam-se em fragilidade moderada, e 3 (13,6%), fragilidade grave. Fazendo uma associação entre fragilidade e desempenho de AVDs, percebeu-se que, entre os idosos independentes, 3 (18,8%) não apresentavam fragilidade, 4 (25,0%) eram aparentemente vulneráveis a isso, 6 (37,5%) apresentavam fragilidade leve, 1 (6,3%), fragilidade moderada, e 2 (12,5%) evidenciavam fragilidade grave. Houve uma relação estatisticamente significativa (p=0,004) entre atividades instrumentais de vida diária e fragilidade. Conclusão: a maioria dos idosos investigados possui algum grau de fragilidade. Este estudo possibilitou constatar que há a necessidade de manter maior independência e autonomia do idoso na tentativa de diminuir o sofrimento daqueles que já não tem tanta autonomia sobre si, e assim proporcionar melhor qualidade de vida e diminuir possíveis gastos no sistema de saúde.