Frente à desproporção entre o número de receptores e doados para transplantes, com elevadas taxas de mortalidade em fila de espera, devido à escassez de órgãos, idealizou-se no presente estudo identificar a contribuição dos idosos para a efetivação de transplantes de órgãos e tecidos no Brasil. Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, desenvolvido a partir de dados secundários gerados pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT) e Registro Brasileiro de Transplantes (RBT). No ano de 2012 ocorreram 2.451 transplantes de órgãos segundo dados da Associação Brasileira de Transplantes (ABTO), os idosos contribuíram com 26% (627) desses procedimentos e estavam compreendidos na faixa etária de 50 a 64 anos e 7% (167) na faixa etária de 65 a 97 anos. A utilização de órgãos de doadores com critérios expandidos relacionados à idade, tem tido uma frequência cada vez maior e tornando o sonho de um transplante numa realidade para milhares de pessoas em todo o mundo. Isso graças ao envelhecimento saudável, e a contribuição dos doadores idosos beneficiando plena e mutuamente toda a sociedade. Os estudos com o acompanhamento de receptores de órgãos limítrofes vêm apresentando indicadores cada vez melhores, que resultam do impacto positivo na sobrevida do órgão e do receptor. E ainda, possibilitam a chance de retransplante para pacientes que já perderam o primeiro enxerto.