HIPERTENSÃO ARTERIAL NOS IDOSOS: DIFICULDADES RELACIONADAS AO TRATAMENTO
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Artigo de Conclusão de Curso (Graduação) – Bacharelado em Enfermagem, União de Ensino Superior de Campina Grande, Campina Grande – PB, 2012.INTRODUÇÃO: Envelhecer com qualidade de vida individual e social tem sido uma preocupação freqüente no ser humano, considerando que no processo de envelhecimento poderão surgir inúmeros agravos em decorrência de alterações fisiológicas e funcionais, tornando o indivíduo mais vulnerável as doenças crônicas como a hipertensão arterial, que tem sido considerada o maior problema de saúde no idoso. OBJETIVO: Identificar as dificuldades enfrentadas pelos idosos hipertensos em aderir ao tratamento anti-hipertensivo. METODOLOGIA: Estudo descritivo e exploratório com abordagem qualitativa, realizado com 33 idosos hipertensos cadastrados na Unidade Básica de Saúde da Família Mãe Pobre, no município de Itabaiana-PB, selecionados a partir do critério de saturação da amostra. Para tanto, foi utilizado roteiro de entrevista semi-estruturado como instrumento de coleta de dados, os quais foram analisados segundo a técnica de analise de conteúdo e organizados nas seguintes categorias temáticas: Controle da pressão arterial; O idoso e o autocuidado; Uso correto da medicação; A prática de atividades físicas e o Controle Nutricional. RESULTADOS: Os idosos hipertensos participantes desse estudo em sua maioria relacionam o controle efetivo da pressão arterial ao uso da medicação, a alimentação e ao controle emocional. No entanto, boa parte deles se esquece de tomar a medicação e não faz a dieta adequadamente ; as limitações provenientes do avanço da idade e da diminuição da capacidade cognitiva comprometem o autocuidado; e o esquecimento associado, em alguns casos, a várias patologias, inerente ao idoso, leva ao uso incorreto da medicação. As atividades físicas ocorrem de forma irregular, sejam devido às dificuldades psicomotoras decorrentes da idade ou de patologias, ou por causa do desconhecimento da importância desta prática. Os entrevistados relataram a importância da dieta, no entanto, quando realizam o controle nutricional, este não ocorre sob a supervisão de um profissional especializado. CONCLUSÃO: Identificou-se que a maioria dos idosos não adere a um tratamento anti-hipertensivo correto, esse fato torna-se preocupante para os profissionais de saúde, pois constata-se o pouco ou nenhum conhecimento do idoso sobre a necessidade e a importância do controle dos níveis pressóricos, para evitar possíveis agravos que ocorrem com o descontrole da mesma. Há uma necessidade de redirecionar a atenção à saúde do idoso, buscando estratégias e estabelecendo metas para ampliar o grau de conhecimento dessa população em relação a sua doença crônica, que por sua vez não tem cura, mas tem controle efetivo. 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