Com o aumento, ao longo dos anos, da população idosa observou-se também o aumento da ocorrência de determinados grupos de agravos, entre os quais as causas externas. Em um estudo realizado nas principais capitais brasileiras, observou-se que os indivíduos de 60 anos ou mais (especialmente no Distrito Federal, Manaus e Curitiba) estão entre os mais afetados pelas causas externas. No Brasil, no ano 2000, das 13.383 mortes de indivíduos com idades de 60 anos ou mais, 11,4% foram relacionadas às causas externas, e a proporção de casos foi maior entre as mortes ocasionadas por violência. Desta forma o presente trabalho teve como objetivo analisar a morbimortalidade por causas externas no Brasil para os indivíduos com 60 anos ou mais de idade, a partir de dados do Sistema de Indicadores de Saúde e Acompanhamento de Políticas do Idoso – SISAP. Os casos foram descritos segundo as variáveis presentes no bloco de informações que trata dos determinantes de saúde e condições de saúde dos idosos. Os dados foram coletados e organizados de acordo com as regiões federativas do país, e avaliados entre os anos de 2000 a 2010. No período estudado foram registrados 86.269 casos de idosos acometidos pelas causas externas sendo desses 97,9% foram casos de óbito, e dentre esses casos 62,8% são atribuídos a à população do sexo masculino. Quedas e acidentes estão entre as principais causas tanto de óbito quanto de internações entre os idosos, e fatores individuais relacionados a esta faixa etária como problemas visuais, neurológicos, declínio da função mental e uso de substâncias psicoativas contribuem para a ocorrência destes eventos. Os resultados encontrados são informações imprescindíveis para subsidiar a elaboração de ações de promoção e prevenção do envelhecimento saudável consonante ao que prevê a politica de atenção integral de saúde da pessoa idosa.