A temática de gênero vem sendo discutida desde as décadas de 70 e 80 período em que ingressou no circulo acadêmico. Desde então, o movimento feminista e outros estudiosos vem problematizando a questão da construção de sujeitos masculinos e femininos a partir das normas culturais de cada sociedade. O objetivo desse texto é discutir o papel do processo educativo na construção das identidades femininas e masculinas ressaltando que o ambiente escolar nem sempre forma sujeitos livres, mas muitas vezes, indivíduos enclausurados em papeis rígidos que reforça as desigualdades sociais. Ao entrar na escola a criança se encontra no início da formação de sua identidade, começando então a incorporar as determinações do que é ser homem e ser mulher. A visão estereotipada do que homens e mulheres podem/ou não ser, devem/ou não fazer, acabam sendo naturalizadas, e quando ocorrem as transgressões, geram incômodos e conflitos. Quando um indivíduo de determinado sexo apresenta atitudes e comportamentos do outro sexo ou se identifica com as características que não são tidas socialmente como corretas para seu sexo provoca nas crianças dúvidas e receios em relação a sua identidade de gênero gerando questionamentos tais como: o que sou, o que querem que eu seja e porque é errado ser como sou. Essas questões também provocam discriminações suscitadas por ideias e temas sexistas, no ambiente escolar, ou seja, aqueles que têm tendência a dividir homens e mulheres e fortalece problemáticas maiores que derivam dessa natureza, como é o caso da violência de gênero. Sendo assim, as reflexões sobre a relação gênero e educação se fazem necessária.