Fomenta o debate acerca da categoria marxiana politecnia enquanto perspectiva de formação humana/educacional da classe trabalhadora, mormente no nível médio da educação básica em sua forma integrada à educação profissional, vigente no quadro das políticas públicas educacionais brasileiras. A proposição emerge do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), ao indicar a possibilidade de “recompor a espinha dorsal do ensino médio” agonizante, e ainda, “repor em novas bases a politecnia”, por intermédio dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IF). A metodologia se desenvolve a partir da análise documental e análise bibliográfica das obras de Nosella (2007), Machado (1992) e Saviani (2002), entre outras. Os resultados preliminares indicam permanência de práticas educativas isoladas entre ensino médio e educação profissional, dificuldades de assimilação dos princípios epistemológicos que sustentam a proposta de integração, entre outras. Do conjunto de análises empreendidas é possível asseverar que a proposta de integração do ensino médio à educação profissional se restringe aos limites impostos pelo sistema capitalista, consistindo, grosso modo, em reprodução das desigualdades sociais.