A Síndrome do Impacto do Ombro é considerada uma afecção frequente, podendo ser resultado de um processo primário ou secundário que acomete a articulação glenoumeral e as estruturas envolvidas em sua estabilidade. O manguito rotador é um grupo de músculos que atua na estabilização da cabeça do úmero em relação à glenoide, sua lesão é apontada como a principal causa dessa síndrome, que se caracteriza por dor e restrição da amplitude de movimento, com limitação da atividade de vida diária e prática esportiva, podendo ser potencializada com o envelhecimento, ocupação laboral ou recreativa. Este relato de experiência apresenta a conduta fisioterapêutica adotada para a Síndrome do Impacto através de um protocolo com quatro fases divido em 21 atendimentos, sendo 10 sessões para as duas primeiras fases, com tratamento da dor e trabalho da amplitude de movimento do ombro, 8 para a terceira fase, na qual foram fortalecidos os músculos estabilizadores da escápula, e 3 para a última fase, que trabalhou o controle motor por meio de exercícios pliométricos, em uma paciente com bursite do ombro direito associada a lesão do tendão do músculo supraespinhal, com restrição da amplitude de movimento ao realizar flexão, abdução e extensão horizontal dos ombros e mostra a importância do tratamento fisioterapêutico. O tratamento realizado diminuiu o quadro álgico, passando de dor grau 4 na Escala Visual Analógica (EVA) para 0, e restaurou a amplitude articular da paciente através da modulação do padrão cinético, possibilitando a realização das atividades da vida diária sem sintomatologia dolorosa e melhorando a qualidade de vida.