Toda mulher que frequenta ou já foi ao ginecologista já ouviu falar no Papanicolau. O nome é uma homenagem ao médico grego George Papanicolau, que criou o método em 1940. O Papanicolau recebe diversos nomes dentre eles esta o exame citológico ou citopatológia oncotica. Consiste na coleta de material do colo uterino para exame em laboratório sendo de caráter preventivo, simples, indolor, rápido de fazer e de livre acesso, podendo ser feito em postos ou unidades de saúde da rede pública que tenham profissionais capacitados. Esse exame é a principal estratégia para detectar lesões precocemente e o diagnóstico da doença bem no início, antes que a mulher tenha sintomas. É eficiente no rastreamento e na prevenção de neoplasias do sistema reprodutor feminino, além do câncer do colo do útero e suas lesões provocadas pelo HPV o exame ajuda a diagnosticar inflamações vaginais e outras patologias da região cervical como a Gardnerella vaginalis, Tricomoníase e Candidíase. A realização do exame citopatológico é recomendado para as mulheres com vida sexualmente ativa e que seja realizado pelo menos uma vez a cada ano devendo estar na lista de exames prioritários de todas as mulheres independente de sua idade. Sabendo-se da importância do exame citopatológico por que ainda existem mulheres que nunca fizeram? Preocupa saber quais motivos levam as mulheres a não realizarem o exame preventivo conforme o recomendado pelo Ministério da Saúde. O objetivo do referido estudo foi averiguar os fatores mais comuns que levam as mulheres a não realizarem o exame Papanicolau. Há inúmeros fatores que influenciam a não realização do Papanicolau, os motivos mais relatados incluem: o desconhecimento do câncer, da técnica e da importância do preventivo, medo da realização e do resultado do exame, constrangimento, por descuido, por vergonha, distância da localidade, não ter com quem deixar os filhos, não gosta de fazer, não poder faltar ao trabalho e entre outros. Ao analisar todos os artigos referentes ao titulo desta pesquisa, foi encontrado diversos autores que já estudam o tema e procuram soluções para que diminua e se esclareça a população feminina acerca da importância da prevenção. Portanto, conclui-se que devem ser incluídas ações educativas, direcionadas para a frequência do Papanicolau, deixando clara a importância do diagnóstico precoce, principalmente do câncer de colo uterino, assim como a possibilidade de cura. É de grande importância para o profissional de saúde, incluindo o biomédico orientar a população para que ela possa ter um maior conhecimento em relação à importância do exame preventivo, reconhecendo os benefícios que ele proporciona na vida de muitas mulheres. Se mais mulheres compreenderem que o exame pélvico e o esfregaço de Papanicolau não precisam ser desconfortáveis ou embaraçosos, as taxas de detecção precoce de doenças da região cervical feminino melhorariam, indubitavelmente, e mais vidas seriam preservadas.