O uso de anticonvulsivantes durante a gravidez tem levantado questionamentos acerca do potencial teratogênico desses medicamentos no tratamento de epilepsia e outras patologias. O levetiracetam, anticonvulsivante de segunda geração, é apontado pelas pesquisas como de menor potencial terarogênico em comparação aos anticonvulsivantes tradicionais, sendo uma alternativa para o uso por mulheres em idade fértil, gestantes e neonatos, no intuito de minimizar efeitos adversos e malformações fetais. O presente trabalho busca revisar os estudos sobre os efeitos teratogênicos e outros efeitos decorrentes do uso do levetiracetam, no intuito de averiguar se esse medicamento é seguro para a gestante e para o feto. Métodos: Esta revisão da literatura foi realizada a partir de 19 artigos selecionados a partir da busca em bases de dados eletrônicas (Pubmed, Medline, Scielo, Science Direct, Periódicos Capes), em periódicos nacionais e internacionais, busca específica por artigos de revisão, artigos originais, pelas palavras-chave: levetiracetam, anticonvulsivantes e gravidez, com os respectivos termos em inglês. Resultados: A maioria dos estudos aponta que o levetiracetam é um dos anticonvulsivantes de menor potencial teratogênico, com menor incidência de malformações em comparação aos expostos aos medicamentos tradicionais como o ácido valpróico. Conclusão: Em face das evidências acerca do menor potencial teratogênico do levetiracetam, além da baixa biodisponibilidade desse fármaco no leite materno e o menor potencial de atraso no desenvolvimento das crianças expostas a esse medicamento durante a gestação ou nos primeiros anos de vida, esse medicamento pode ser elegível para ser prescrito a mulheres em idade fértil o