A esquizofrenia é transtorno psiquiátrico grave, cujos tratamentos envolvem intervenções medicamentosas e psicossociais. No entanto, a responsabilidade dos cuidados diários, recai sobre os familiares, que também precisam de cuidados. Destarte, este estudo teve como objetivo conhecer como as famílias de pacientes com esquizofrenia compreendem o transtorno. Trata-se de um recorte de uma pesquisa de campo de natureza exploratória, segundo a abordagem qualitativa. A amostra foi constituída por 14 familiares de pessoas com esquizofrenia tanto homens quanto mulheres, acima de 18 anos atendidos num Centro de Atenção Psicossocial no sertão da Paraíba. Os instrumentos utilizados foram: Entrevista semiestruturada composta por questões norteadoras e estruturadas de acordo com o objetivo do estudo e Questionário sóciodemográfico. Os dados sóciodemográficos foram analisados através de estatística descritiva. As informações obtidas através da entrevista foram organizadas e categorizadas segundo a técnica de categorização temática. Assim sendo, nas entrevistas emergiu uma classe temática (Diagnóstico), duas categorias e quatro subcategorias. Nesta análise, as famílias, além de possuírem um conhecimento distorcido acerca do diagnóstico, também demonstram a influência do contexto sociohistórico com relação a etiologia do transtorno. Desse modo, é emergencial a implementação de pesquisas e estratégias de intervenção que incluam os familiares como parceiros e alvo dos cuidados, promovendo espaços específicos onde possa haver tanto assistência individual, assim como, grupal, facilitando a psicoeducação acerca do transtorno, bem como compartilhando informações, com o propósito de desenvolver atitudes mais adequadas frente o transtorno e ao familiar em sofrimento psíquico.