O presente trabalho, que está em andamento, procura investigar a produção e divulgação de conhecimento científico, elaborado, sobretudo por mulheres nas academias, e busca saber como as mesmas contribuem para a ampliação do conceito de feminismo e ativismo político. Podemos falar sobre feminismos na América Latina, para tanto a investigação acerca dessa produção torna-se condição essencial para perceber se está ocorrendo ou não essa ampliação e, caso esteja, como a mesma pode contribuir para a intervenção numa agenda que busque equidade e justiça social e maior participação popular? Quais são as principais diferenças desses feminismos oriundos de uma realidade latino-americana? Essa pluralidade de conceitos acerca do feminismo, no cenário investigado, é, a nosso ver, fruto de uma intensa mobilização, em vários níveis, de pesquisadoras/es na tentativa de criar um quadro teórico que busque evidenciar saberes outros que não estão/são contemplados pela academia de forma tradicional, buscando evidenciar uma nova contemplação da realidade e produção de saberes. As mídias sociais são inseridas nessa discussão por conterem em si mesmas a experiência de quebra de paradigmas e socialização de informações. Os estudos pós-coloniais são uma grande vertente dessa experiência de mudança paradigmática por qual o universo latino-americano tem passado. Essa teoria, que tem sido considerada exitosa pelas/os mesmas/os, considera que ainda falta muito por percorrer, para se alcançar os objetivos básicos de um ambiente equilibrado com justiça social. Novos prismas são lançados a medida em que se (re)define conceitos, muitas vezes, não analisando a nossa realidade, desconsiderando assim, muitas vezes, o conhecimento vivenciado por outras pessoas.