TRABALHANDO GÊNERO EM SALA DE AULA: TEMAS E CONCEITOS NO ENSINO DE SOCIOLOGIA
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Sendo assim, conceitos e temas como famílias, casamento, violência contra mulher, racismo, gênero, violência estatal, extermínio de juventude e etc. são necessários serem debatidos na sala de aula de Sociologia, independentemente de aparecer ou não no livro didático da disciplina. O professor pode utilizar outros subsídios para discorrer a cerca destes temas na sala de aula. Mas, é importante saber que o tema deve ter relação com conceitos ou pesquisas cientificas. As OCN os definem os conceitos deste modo: “Os conceitos são elementos do discurso cientifico que se refere à realidade concreta” (OCN, op. cit. p.117). O professor de Sociologia deve conhecer cada um deles, mas, principalmente precisa articulá-los com a realidade concreta. Isto é fundamental para que a exposição em sala de aula não se torne um vocabulário técnico e acabe “transformando os alunos em dicionários de Sociologia”. Todo conceito possui história e é importante contextualizá-lo, para que os alunos possam compreender a realidade social. Então é importante trabalhar conceitos para facilitar o processo de abstração do aluno, e assim, ajude-o a compreender melhor o desenvolvimento da sociedade, e também para lhe afastar de certa explicação do senso comum e/ou de visão das aparências que o torna um ser acrítico, apático ou simplesmente indiferente com o que se passa ao seu redor. Assim, “pode-se trabalhar com muitos temas, e dependendo do interesse do professor, dos alunos e também da própria escola, ou adequar essa escolha a própria realidade” (OCN, 2006, p.119). \r\n Exemplificando o trabalho com temas e a sua transformação em tema sociológico, destacaremos as relações de gênero e sua relação com a violência contra a mulher. Acredito ser este tema relevante para ser trabalhado sala de aula, uma vez, que na atualidade é um tema muito debatido na mídia brasileira, mas que na maioria dos casos são mostrados como algo espetacular nos noticiários e enfatizando muitas vezes aspectos que estimulam visões muitas vezes preconceituosas, quando não baliza um problema tão sério para quem sofre suas consequências diretas. Espetacularizar, de certa forma já é banalizar, até porque transforma tragédias pessoais e coletivas em diversão e entretenimento. Banalizar de certa forma é também naturalizar porque torna as coisas comuns, óbvias, como algo ordinário da vida cotidiana, que acontece todos os dias e, assim, algo de pouca ou sem menor importância. Daí, porque este tema como outros devem ser sociologicamente analisados. 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