Artigo Anais IV CIEH

ANAIS de Evento

ISSN: 2318-0854

SINTOMATOLOGIA DEPRESSIVA E COMPROMETIMENTO DE MEMÓRIA DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS.

Palavra-chaves: IDOSOS, MEMÓRIA, DEPRESSÃO, INSTITUCIONALIZAÇÃO Pôster (PO) Aposentadoria; Mercado de Trabalho e Instituições de Longa Permanência
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Publicado em 24 de setembro de 2015

Resumo

Introdução: Admitir que a assistência em saúde deve contemplar o cuidado cultural, motivou a recomendação de pesquisas que não contemplem exclusivamente os aspectos fisiológicos do envelhecimento. Objetivo: Descrever os sintomas depressivos identificados pela Escala de Depressão Geriátrica, estabelecendo relação com as perdas cognitivas e domínios depressivos de idosos institucionalizados. Método: Realizou-se estudo descritivo, transversal, observacional, com comparação de grupos envolvendo 96 idosos, com 65 anos ou mais de idade, residindo em uma dentre nove instituições de longa permanência, sendo sete localizadas no Recife e duas em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco, Brasil, no período de maio a julho de 2011. Empregando a Escala de Depressão Geriátrica, mini-mental, de desenho do relógio e de recordação de palavras da bateria CERAD, bem como classificando os sintomas depressivos da escala segundo os domínios de Blaizer II e Hydels, para estabelecer relação com as perdas cognitivas, foram determinadas as associações entre sintomas depressivos, domínios de Blaizer II e Hydels e as pontuações relacionadas às perdas cognitivas, com o teste do Qui Quadrado ou o teste exato de Fisher, em nível de significância de 0,05. Resultados: Identificou-se que os sintomas depressivos de idosos institucionalizados diferenciam-se quanto ao grau de depressão, a desorganização visuoespacial, o prejuízo da memórica imediata e as perdas cognitivas globais. Dentre os 30 sintomas da escala, houve associação significante de 18 com o teste do relógio, oito, com o de recordação imediata e nove, com o MMSE. Os sintomas depressivos significantemente associados às perdas cognitivas predominaram no domínio emocional de Blaizer II e Hydels, seguindo-se o cognitivo. Discussão: A identificação de que os sentimentos frequentes de infelicidade, desamparo ou adoecimento, de inutilidade, bem como o desgosto de viver, estiveram presentes exclusivamente nos idosos com depressão leve ou grave, pode servir de alerta aos cuidadores no sentido de desencadear atividades de lazer, sociais ou culturais, auxiliando o idoso na vivência de suas restrições, para que reelabore esses sentimentos. Pode servir também para facilitar a negociação com o idoso em sua adesão às atividades de promoção, desenvolvimento e manutenção da saúde, e, com isso, contribuir para a sustentabilidade dessas ações. Este estudo aponta as conexões entre sintomas depressivos, perdas cognitivas e domínios biopsicossociais, podendo direcionar as formas de trabalho dos cuidadores para gerar processos autonomizantes por meio da participação e da reinserção dos idosos na sociedade, como indivíduos úteis que podem e devem partilhar suas crenças especialmente com os jovens.

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