Objetivo: Descrever e comparar geoespacialmente a Taxa de Mortalidade por Agressões nos idosos (TMAi) residentes no Brasil no período de 2003 a 2012 e a distribuição do IDH dos estados brasileiros. Metodologia: Estudo do tipo ecológico, cujos dados foram obtidos no DATASUS e IBGE. A TMAi foi utilizada como a variável desfecho e o IDH como variável independente. A autocorrelação espacial foi avaliada pelo Terraview. As variáveis foram divididas em cinco estratos e englobadas em dois grupos. O primeiro compreendeu os intervalos de TMAi entre 0,00 e 1,47 (AT) e de IDH de 0,74 a 0,83 (AI). Para o grupo B, os intervalos de TMAi foram de 1,48 a 2,73 (BT) e de IDH de 0,00 a 0,71 (BI). Denominou-se estados “concordantes positivos” os pertencentes aos grupos AT e AI, “concordantes negativos”, os grupos BT e BI e “discordantes” os que não se encaixaram na condição acima. Resultados: Houve a formação de aglomerados favoráveis entre os estados de Mato Grosso e Rondônia (TMAi) e Goiás (IDH) e aglomerados desfavoráveis no Amazonas (TMAi) e Ceará, Pernambuco e Sergipe (IDH). O valor de p foi igual a 0,23 para a TMAi e 0,02 para o IDH. Conclusões: Observou-se que os estados concordantes positivos estavam localizados nas regiões Sul e Sudeste; os concordantes negativos na região Norte; e os “grandes discordantes” na Nordeste. Os resultados obtidos estão em consonância com a literatura, na qual as localidades com piores índices socioeconômicos possuem maiores taxas de mortalidade por agressões.