Introdução: A força total do corpo vem sendo avaliada a partir da força de preensão manual, um método de baixo custo e fácil de aplicar. No entanto, a perda da força dos membros inferiores, tem sido associada ao maior risco de quedas e dificuldades na realização de atividades funcionais como deambular, manter o equilíbrio e levantar-se de uma cadeira, levando à incapacidade e institucionalização. Objetivo: Avaliar a correlação entre a força de preensão manual e a força de membro inferior em mulheres de meia-idade. Métodos: Estudo observacional analítico e transversal com 395 mulheres, entre 40 e 65 anos, avaliadas quanto à força de preensão manual e de membro inferior (força de flexores e extensores de joelho). Foi utilizada correlação de Pearson, regressão linear e análise de Bland-Altman, para análise dos dados, considerando significância de 5%. Resultados: A média de idade das mulheres foi de 49,75(±5,8) anos. A média da força de preensão manual, flexão e extensão de joelho foram, respectivamente: 25,8 (±5,4), 14,7 (±4,9) e 16,5 (±4,5) Kgf. Após análise de regressão linear e análise de Bland-Altman, o valor de R2 ajustado mostrou uma baixa capacidade de predição da força de membro inferior a partir da força de preensão manual, com a força de extensão do joelho (R2= 0,21) apresentando valores mais elevados que a força de flexão (R2= 0,13). Conclusão: A força de preensão manual correlaciona-se de maneira fraca com a força de extensão e flexão de joelhos em mulheres de meia idade, evidenciando a necessidade de avaliação de diferentes segmentos corporais a fim de uma estimativa mais criteriosa nesta população.