O envelhecimento populacional engloba um dos mais destacados fenômenos mundiais. De acordo com último senso a população brasileira tem mais de 65 anos, somando o equivalente a aproximadamente 20 milhões de habitantes. Com isso, torna-se necessário investigar e avaliar as peculiaridades anatomofisiológicas do processo de envelhecimento. É comum ao idoso modificações na homeostasia e aumento da vulnerabilidade do organismo. Dentre tais alterações, apresenta importante destaque, alterações na qualidade de sono do idoso. A objetivação da pesquisa é ter como princípios gerais a comparação da qualidade de sono de idosos praticantes de atividade física regular com a de idosos não praticantes, assim como, especificamente, análise sócio demográfica dos idosos participantes, a relação entre a qualidade de sono e a atividade física e relatar os benefícios da prática de atividades físicas na melhora da qualidade de sono. O estudo mostra-se como transversal de análise descritiva e exploratória, com abordagem quantitativa, composto por 30 idosos divididos em dois grupos, sendo 15 praticantes de atividade física regular (G1) e 15 não praticantes (G2). Os dados foram analisados estatisticamente pela planilha eletrônica do Microsoft Office Excel 2010 e pelo software SPSS v. 16.0 para Windows 7. Foi necessária a idade mínima > 60 anos, concordaram e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, responderam aos instrumentos de coleta de dados e não possuírem nenhuma doença incapacitante. Os resultados principais mimetizam a idade média dos idosos: o grupo G1 apresentou uma média de 71,8 (¬+/- 5,84) e grupo G2, 74,6 (+/- 9,87) anos; Prevalência do sexo feminino: 73% e 27% do sexo masculino. Em relação ao nível de atividade física, o grupo G1 (n=15) alcançou o valor médio de 904,67 minutos de atividades físicas semanais (+/- 760,66), já o grupo G2 apresentou o valor médio de 94,67 minutos (+/- 55,30). No quesito qualidade de sono, houve diferença significativa entre os grupos (p=0). Detalhadamente, os dados que alcançaram relevância estatística foram os componentes “distúrbios do sono” e “disfunções durante o dia” com valores semelhantes (p=0,01). Porém o s componentes “ qualidade subjetiva do sono”, “latência do sono” e “duração do sono” apresentaram também valores semelhantes, sendo assim, mostraram tendência a relevância estatística por aproximar-se do p< 0,05 (p=0,06). A correlação entre os valores do PSQI-BR e QIAF-Versão Curta apresentou diferença estatisticamente significante (p=0,01), podendo assim, concluir que quanto maior for o nível de atividade física da população, melhor será sua qualidade de sono, ou seja, o nível de atividade física da pode está diretamente relacionado a qualidade de sono.