INTRODUÇÃO: A tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa crônica, que na ausência de tratamento eficaz, evolui para a doença ativa, de forma consultiva, tendo como última consequência à morte. O diagnóstico da tuberculose deve ser sempre precedido pela anamnese, exame físico e a radiografia de tórax que pode auxiliar no diagnóstico da maioria dos casos. A terapêutica utilizada combina várias drogas, uma vez que o bacilo causador apresenta, rotineiramente, mutações².O Brasil é um país com população envelhecida, com 9% de idosos. A TB, como uma doença infecciosa, encontra na população geriátrica uma marcante suscetibilidade, tanto no que diz respeito a novas infecções quanto à reativação de doença, ambas relacionada à diminuição da imunidade celular, afetada pelo processo de envelhecimento imunológico. A TB no idoso frequentemente tem o seu diagnóstico retardado pela dificuldade de reconhecimento do quadro clínico, que muitas vezes é confundido com as alterações próprias do envelhecimento ou não é referido de forma adequada pelo paciente, situação agravada pela falta de profissionais capacitados para o atendimento aos idosos. A enfermagem é caracterizada por estar atrelada ao cuidado do outro e da comunidade como um todo. Considerando estes aspectos, este trabalho tem como objetivo relatar a experiência de discentes do último ano de Enfermagem para com os idosos portador da TB que fazem tratamento no Serviço de referência ao tratamento da tuberculose e Hanseníase no Município de Campina Grande – PB. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência, sistematizado a partir das vivências de discentes de Enfermagem atuantes em um projeto de extensão vinculado a Universidade Federal de Campina Grande, onde nós alunos fomos fundamentais em compreender e desmistificar os mitos designados a tuberculose. A ação aconteceu em um espaço reservado para atividades em grupos e rodas de conversas no Serviço de Referência no tratamento da tuberculose e Hanseníase. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Durante as atividades educativas com os idosos que se encontravam presentes, o profissional de saúde vivenciava circunstâncias em que o paciente se encontrava em situações de angústia e ansiedade, como do preconceito e um possível afastamento do convívio familiar, uma vez que, a própria família não tinha o conhecimento do que é a tuberculose e estigmatizava seu próprio familiar. Nessas ocasiões a enfermagem tornava-se referência, apoiava, promovia diálogo e momentos de escuta, procurando entender suas angústias e anseios, no sentido de amenizar estes sentimentos. CONCLUSÕES: Com a intenção de contribuir para a melhoria do cuidado ao paciente idoso portador da tuberculose é necessário que a enfermagem garanta que os direitos deste sejam respeitados e que a eles sejam prestados um serviço de qualidade, onde seja promovida uma escuta qualificada, que sejam rompidas barreiras no tratamento e que os mesmo possam desfrutar do direito de ir e vir sem que sofra preconceito dos profissionais desqualificados e dos seus próprios familiares.