Introdução: Estudos evidenciam que a população brasileira vem envelhecendo de forma progressiva e acelerada; diante disso, diante deste contexto de envelhecimento, o Brasil vem sofrendo com as inúmeras transformações e consequências de um País em desenvolvimento. Com a tecnologia e a modernidade, passou-se a viver mais e, junto a esse processo, surge o desafio de refletir e promover políticas públicas voltadas para qualidade de vida do cidadão com mais de 60 anos. Nesse sentido, o Programa Vida Saudável, criado pelo Ministério do Esporte, em 2012, objetiva oportunizar a prática de exercícios físicos, atividades culturais e de lazer para o cidadão idoso, estimulando a convivência social, a formação de gestores e lideranças comunitárias, a pesquisa e a socialização do conhecimento, contribuindo para que o esporte e o lazer sejam tratados como políticas públicas e direito de todos. Esta pesquisa visa investigar e discutir, com base em uma revisão literária, as propostas e ações do Programa Vida Saudável, e a influência desta política pública social na melhoria da qualidade de vida do idoso brasileiro. Metodologia: Este estudo trata-se de uma pesquisa de cunho exploratório, qualitativo e descritivo. Resultados e Discussão: O Programa Vida Saudável tem como público-alvo, prioritariamente, idosos a partir de 60 anos, incluindo pessoas com deficiências, em núcleos com atividades de lazer e esporte. Seu eixo central visa democratizar o acesso ao lazer e o esporte recreativo, priorizando o protagonismo da pessoa que envelhece, na perspectiva da emancipação humana e do desenvolvimento comunitário, valorizando a diversidade cultural local fomentando o respeito à diversidade sexual, étnica e religiosa. Sua proposta inclui também implementar e ampliar as ações intersetoriais com ministérios, secretarias estaduais e municipais, instituições de ensino superior e outros setores da sociedade, contribuindo para que as políticas de lazer e de esporte recreativo avancem para a dimensão mais ampla de Política de Estado. A concepção ampliada de saúde exige que profissionais e instituições, com campo de ação ou de interesses relacionados, assumam a responsabilidade de atuar como mediadores. Assim, a intersetorialidade surge como uma proposta de trabalhar, de governar e de construir políticas públicas voltadas para a promoção da saúde e melhoria da qualidade de vida. Com visão ampliada dos atores envolvidos, o que inclui a formação recíproca de competências entre os técnicos e os cidadãos para promover a saúde individual e coletiva, definem-se ações direcionadas para a população e para o ambiente onde esta população vive. É importante que essas estratégias devam ser implementadas de maneira continuada, com ênfase em atividades educativas, visando à conscientização dos envolvidos, e continuamente avaliada, para permitir adequações e adaptações que resultem de fato em mudanças positivas para a qualidade de vida. Conclusões: Políticas públicas e sociais, como as do Programa Vida Saudável, voltadas para a população idosa promovem o incentivo à prática de atividades físicas e de lazer, bem como são capazes de atuar na prevenção da saúde dessa faixa etária, com consequentes melhorias nas condições de saúde e na qualidade de vida.