Este estudo mostra a associação entre envelhecimento populacional e os tipos de demência como o Alzheimer. A enfermagem brasileira precisa organizar seu corpo de conhecimento para fazer frente à complexa dinâmica do cuidado ao paciente que vivencia um processo de demência. O objetivo desse estudo é analisar as pesquisas relacionadas ao atendimento domiciliar de enfermagem a pacientes idosos ou não com síndromes demenciais. A revisão sistemática foi a metodologia utilizada. Inclui caracterizar cada estudo selecionado a partir de pesquisa, avaliar a qualidade deles, identificar conceitos importantes, comparar as análises apresentadas e concluir sobre o que a literatura informa em relação ao atendimento domiciliar de enfermagem e a demência, apontando ainda propostas a serem implementadas. O cuidado ao cuidador é fundamental nesse contexto, visto que a sobrecarga física, mental e emocional torna o familiar cuidador vulnerável ao comprometimento de sua saúde. O conhecimento dos cuidadores e familiares a respeito da demência é limitado, e isso pode dificultar o planejamento dos cuidados de enfermagem e até multiprofissional ao doente e potencializar a sobrecarga do cuidador. O cuidado é desenvolvido por meio de um conjunto de opiniões e modos de sentir, impostos pela tradição familiar. São cuidados geralmente aceitos de modo acrítico, advindos do senso comum. A educação continuada, capacitações, cursos, folders e cartilhas são medidas que tem se mostrado eficazes para atingir a maior parcela desses cuidadores formais e informais. A oportunidade de atendimento em domicílio deve ser priorizada, pois as dificuldades e carências físicas e sociais tornam-se exacerbadas para o deslocamento, não só pelo paciente com a síndrome demencial, mas também pelos familiares/cuidadores, que necessitam de um preparo para melhor cuidar deste paciente muitas vezes idoso e com comorbidades associadas.