A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é caracterizada por obstrução progressiva e não reversível das vias aéreas, hiperinsuflação pulmonar, inflamação crônica e elevada frequência de exacerbações que cursam com múltiplas comorbidades e efeitos sistêmicos deletérios. O objetivo desse estudo foi comparar os efeitos de um programa de reabilitação pulmonar convencional aos efeitos de um programa de vibração de corpo inteiro sobre a capacidade funcional e a qualidade de vida. Estudo piloto do tipo quase experimental antes e depois. A capacidade funcional e a qualidade de vida foram mensuradas, respectivamente através do teste de caminhada de 6 minutos (TC6min) e do St. George Respiratory Questionnaire (SGRQ). Os principais resultados para o grupo vibração de corpo inteiro (VCI) foram a melhora na distancia percorrida do teste de caminhada de seis minutos (TC6min) (p=0,008) e nos domínios sintoma (p=0,002) e total (p<0,01) do SGRQ. Para o grupo programa de reabilitação pulmonar (PRP) foi observada melhora nos domínios atividade (p=0,02), impacto (p=0,03) e total (p<0,01) do SGRQ. Não foram observadas diferenças entre os grupos VCI e PRP após os programas de treinamento quanto aos principais desfechos avaliados. Nossos resultados apontam que o programa isolado de VCI com três meses de duração para pacientes com DPOC moderada e severa, foi eficaz para a capacidade funcional e qualidade de vida em relação ao PRP convencional.