Introdução: Um fenômeno vem acontecendo nos últimos anos na maioria das sociedades, o aumento do número de pessoas que atingem a terceira idade. O Brasil possui um sistema com baixa resolutividade, pouco adequado para enfrentar os problemas de saúde da população idosa, agravada também pela desinformação e dificuldade de acesso aos serviços de saúde. Objetivos: Analisar o acesso dos idosos aos serviços ambulatoriais, no sentido de verificar se estão dando respostas objetivas aos principais problemas de saúde. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de campo exploratória, descritiva, com abordagem quantitativa. A amostra deste estudo foi composta de 60 idosos, sendo entrevistados 10 idosos em cada das 6 UBS de Campina Grande-PB. A coleta de dados foi realizada nos meses de fevereiro a abril de 2014. Os dados foram obtidos através de uma entrevista conduzida a partir de um questionário contendo perguntas fechadas. Resultados e discussões: Os idosos que foram atendidos na atenção ambulatorial 30(90,9%) receberam orientações quanto ao seu problema pelos profissionais que os atenderam. Sobre a resolução dos seus problemas, 20 (60,6%) dos idosos tiveram seus problemas resolvidos, e 13(39,4%) não tiveram seus problemas de saúde resolvidos. Quanto ao atendimento recebido no serviço ambulatorial especializado 28(84,9%) afirmaram terem sido muito bem recebidos, enquanto 5(15,1%) foram regularmente recebidos. Com relação ao acesso à atenção ambulatorial os dados mostram que 28(84,9%) não tiveram suas consultas especializadas marcadas com antecedência. A maioria dos idosos 18(54,6%) disseram que o tempo gasto no atendimento para resolução do seu problema foi de cerca de uma hora, entre a chegada e a saída no serviço de saúde, enquanto 6 (18,3% ) gastaram em torno de mais de uma a três horas para ser atendido, e 9(27,2%) em torno de 20 a 30 minutos. Observou-se também que 10(30,3%) tem conhecimento sobre quais os serviços especializados que eles têm direito, enquanto 23(69,7%) ainda desconhecem. Os dados da pesquisa apontam também que os idosos tiveram que esperar um longo tempo para ter acesso à consulta especializada, e também que não existia uma referência para esse grupo, ou seja, não existia uma linha de cuidado direcionada, que garantisse ao idoso uma forma de acesso mais organizada. O tempo de atendimento no serviço foi em sua maioria em torno de uma hora, e a maioria dos idosos não tiveram suas consultas marcadas com antecedência, demonstrando de certa forma fragilidades, relacionada à qualidade do atendimento, além do que existe uma demanda reprimida para ser atendida nos ambulatórios o que de certa forma contribui para que o usuário do sistema não tenha um acesso mais rápido a esses serviços. Conclusão: Nesse sentido podemos então concluir que o idoso necessita ter um acesso de forma estruturada e organizada nos serviços de atenção especializada. Isto nos permite dizer que a organização da atenção à saúde do idoso em busca da integralidade da atenção, constitui-se em um dos grandes desafios para o sistema de saúde local, o qual terá que impor novos paradigmas assistenciais.