O objetivo geral desta pesquisa foi investigar a relação da disfuncionalidade familiar com a violência doméstica contra o idoso, especificamente, caracterizar o perfil sociodemográfico dos idosos; verificar a presença de disfuncionalidade familiar; a existência de violência doméstica e correlacionar os índices de disfuncionalidade familiar aos índices de violência sofrida pelo idoso. Foi realizado um estudo transversal, descritivo, estatístico e inferencial. Os participantes responderam ao questionário sociodemográfico, o protocolo APGAR DE FAMÍLIA, e, após, outro instrumento que analisou a presença da violência. A análise dos resultados seguiu o protocolo determinado pelos instrumentos através de análise estatística.Os resultados apontaram que as idades ficaram entre 62 e 73 anos; predominou o sexo feminino; viúvos; do ensino fundamental; aposentados; renda familiar de 2 salários mínimos; evangélicos; portadores de diabetes e hipertensão; residem com filhos; esses familiares não são seus cuidadores; eles não dependem financeiramente ou fisicamente desses familiares. Nas respostas ao protocolo APGAR DA FAMÍLIA houve uma predominância dos participantes que apresentaram moderada disfunção familiar, ou seja, índices 5 e 6 que indicam essa condição. Quanto ao instrumento que avalia a presença de violência e maus tratos contra a pessoa idosa, houve uma predominância de participantes que apresentaram respostas afirmativas. Conclui-se que a violência contra o idoso está relacionada com a disfuncionalidade familiar. Espera-se dar visibilidade a esta questão no sentido de criar-se programas de acolhimento ao idoso e orientação às famílias, que com eles convivem, sobre o processo de envelhecimento e suas consequências sobre o idoso e a própria família.