O presente trabalho, que se caracteriza como estudo de caso, buscou investigar o impacto da afetividade no processo de ensino e aprendizagem na alfabetização. Para isso, partimos da compreensão de que a afetividade é uma dimensão humana que abrange sentimentos, emoções, desejos e motivações, e desempenha um papel crucial na construção do conhecimento. Já a alfabetização, concebemos como um processo social e cultural, envolvendo não apenas a mestria da leitura e escrita, mas também práticas sociais significativas. Partindo dessas premissas, a pesquisa foi realizada com professoras que atuam em classes de alfabetização em uma escola pública do Município de São Francisco de Itabapoana, interior do Estado do Rio de Janeiro. A metodologia incluiu a observação participante, entrevistas semiestruturadas e pesquisa bibliográfica. As entrevistas individuais com cada professora seguiram um roteiro prévio de questões abertas. Além disso, a pesquisa bibliográfica explorou teorias de afetividade na alfabetização, incluindo contribuições de Paulo Freire (1921/1997), Magda Soares (1932/2023), Henri Wallon (1879/1962) e Vygotsky (2003). A análise das entrevistas revelou que na perspectiva das educadoras a afetividade é um fator essencial para o desenvolvimento cognitivo e social dos alunos. Portanto, os professores alfabetizadores devem considerar a afetividade em sua prática pedagógica, contribuindo para a formação de leitores e escritores competentes e críticos.